RBS, mais uma das suas

A RBS, a rede de eventos, que também se mete na área de jornalismo, fez mais uma das suas. E dessa vez com um amigo. E quem mexe com meus amigos, mexe comigo.

Pois a RBS mandou o André Filho Tarnowsky andar. Mandou pastar! Assim mesmo, sem mais nem menos. O tratou como um qualquer, um nada, chutou o meu amigo como quem chuta uma monte de lata, um cachorro velho. Sim, por que eu perguntei a ele o motivo deles o terem demitido e ele não soube dizer. Não há um motivo aparente, segundo ele mesmo me contou. Apenas cortaram sua participação no jornal Hora de SC. Simples assim.

Claro que como empresa privada ela pode admitir e demitir quem quiser. Porém, num espaço adotado pela massa avaiana, um mínimo de decência nessa atitude seria o recomendado para quem trata com pessoas. O André representava, ainda representa, o Avaí, e isso não é pouco.

É bem provável que o André, que não tem boca alugada, que defende suas opiniões por princípios, que fala do Avaí como o seu amor mais querido, tenha mexido com gente de uma laia ignóbil e medíocre. Certamente algumas cabeças de camarão regadas a chimarrão e caldo de brócolis não tenham gostado do modo como o André falava do Avaí e com os seus torcedores.

Mas a RBS é assim, usa de seu sotaque rastaqüera e abusa dos nativos. A RBS se meteu aqui em nossa terra e acha que manda, pensa que dita ordens. E ainda diz-se defensora da liberdade de expressão, desde que essa expressão seja a que eles querem que seja dita, obviamente.

Nada contra os gaúchos que aqui vieram morar, que escolheram nossa terra para seu prazer de viver, ou até mesmo para trabalhar. Eu tenho muitos amigos gaúchos, gente ordeira e de boa índole. São todos bem-vindos, assim como o são todos os cidadãos do mundo que vierem para cá. Mi casa, su casa!

Mas a RBS, não. Eu não gosto deles. Somos obrigados a assisti-los, a ouvi-los, a lê-los, pois tomaram tudo da gente na área de comunicação. Um abobado da rede deles, que faz um programinha num tom arrogante nas tardes durante a semana, esbravejando indecências naquele sotaque também indecente, diz que as pessoas tem que ter capacidade para ser algo na vida. Como é que é, cara-pálida? Dumping virou sinônimo de competência. Não na minha empresa. Não na minha cidade.

Pois é, e a torcida do Avaí sabe muito bem quem são esses estrangeiros que tomaram as nossas coisas. É por isso que os mandamos comer salada de tomate cru em nossos jogos, com todo o gosto.

Ah, RBS, por que continuas por aqui, em nossa terra?