Como torcedor avaiano de há muitos anos, que acompanhou todas as fases da vida de nosso clube e que vê um salto de qualidade nos últimos tempos, tenho muito medo do que possa acontecer se, por acaso (bato na madeira 300 vezes) o Avaí acabar rebaixado num dos campeonatos no qual participa. Ainda que queiramos isso afastado de nossos mais terríveis pesadelos, ressalto que isso não é algo assim tão impossível. Afinal, todo time de futebol, que participe de campeonatos disputados, pode passar por isso. Erros e acertos estão aí para conduzir a história, é da vida.
Mas o meu medo não é por um suposto rebaixamento. A paura arrebatadora, aquela que faria mortos levantarem dos túmulos, dá-se por conta do comportamento da torcida. Da nossa torcida. Ou melhor, daquela parcela da torcida do Barcelona infiltrada na nossa. Daquele grupo de pessoas que, ao saírem às ruas, se estiver chovendo, debatem-se em choros e lamentações porque não podem se molhar. “Ó dia, ó azar”.
Se isso ocorrer, o nosso pior pesadelo, a mão de todas as guerras se instalará na Ressacada. Até os quero-queros não serão poupados. Se já há inconformismos no atual, não quero ver no pior momento.
Ora, convenhamos. O nosso Avaí acaba de conquistar um bi-campeonato, supera a todos no âmbito estadual há um bom tempo, fez uma campanha magnífica no último brasileirão, está potencialmente encaminhando uma boa participação na versão 2010, estamos de ressaca até agora e ainda estamos reclamando. E com reclamações ferinas e cruéis às quais eu não vejo sentido, sinceramente.
O alvo agora é a nova camisa. Vamos reclamar da nova camisa? Um atestado de incompetência da direção do Avaí, por apostar numa camisa, digamos, diferente? O sujeito não gosta da nova camisa e já quer desmontar tudo, deixar de torcer pelo Avaí, rasgar a carteira de sócio, abrir processo, chamar a mão que o pai tá doido e tudo o mais.
Por favor, senhores barceloneses. Não é nem feia e nem bonita. É, simplesmente, mais uma camisa do Avaí.
Há quem diga que precisamos criticar, uma vez que a crítica fundamenta a possibilidade de acertos. Pois eu afirmo que essa história de que “só um cego é que não vê”, ou “de não aceitar as críticas”, ou ainda “que a crítica só faz crescer” é pura bazófia. Tem uma frase hilária, a de que “temos que manter a cabeça aberta”.
Eu digo que a crítica é aquela oportunidade que se tem de comentar um evento e apresentar propostas. E, como todo processo democrático, aceitar o resultado quando não for implantado aquilo que se propôs. E tem que ter o seu momento certo. Ninguém é dono da verdade, já dizia Matusalém no castelo de Grayskull. Portanto, se a sua crítica não encontrar respaldo, parta para outra, barcelonês, por que a fila anda.
Até por que, manter a cabeça aberta por muito tempo pode levar ao risco de o cérebro cair do crânio.
O que voce fumou antes de escrever isso? Há muita contradição nesse texto. E não tem jeito, a camisa 1 ficou horrorosa, varzeana mesmo, quem não criticar é pau mandado da diretoria. Isso é uma afronta ao torcedor que é quem paga pra ver o time jogar, paga pelas camisas etc. Ficamos na maior ansiedade esperando esse dia e quando ele chega é só decepção...