Dizem que a paixão é um sentimento arrebatador, um sofrimento sem fim, que se sobrepõe à lucidez e a razão. Apaixonados, esquecemos da vida, dos afazeres, das condições básicas do ser para nos dedicarmos ao nosso interesse. Perde-se a individualidade e o poder de raciocício. Por isso, a paixão é cega.
Os poetas, essas pessoas que vivem a identificar as emoções e seus efeitos, inspiram-se nas paixões para declamar a vida.
O mais famoso caso de uma paixão exacerbada é o de Romeu e Julieta, onde o tema é a entrega total e absoluta de entes apaixonados.
Neste Sábado, os torcedores da Ilha mais manezinha do mundo têm um encontro com sua paixão maior, o Avaí Futebol Clube.
Muito se fala que o jogo de hoje é difícil, que o adversário está com um bom desempenho no campeonato. E daí? Quando eu quis o Avaí na série A foi exatamente para isso, para podermos jogar jogos difíceis e encardidos. Ganhar de times alados e voadores é para times de 2a. O meu é de 1a., e o meu joga e ganha jogos complicados.
Há muito estamos bicudos um com o outro. Não gostamos de nossas atitudes mútuas, nossos desentendimentos estão ressaltados, nossos dissabores, destacados. Precisamos nos reencontrar, dizer um ao outro o que queremos.
A paixão não é racional, já disse, portanto lamentos baseados na lucidez não farão o time vencer. E exigir desempenho por uma questão mercadológica, de consumo, também não condiz com a nossa paixão.
Assim, vamos todos à Ressacada demonstrar o nosso sentimento à nossa maior paixão, o Avaí. Hoje é o dia de sairmos felizes e abraçados com a vitória.
Bom dia, Azurras - nº 5.290
Há 5 horas
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