Depois do vento que passou na Ressacada no último domingo, quando uma turma de porquinhos foi varrida para as bandas paulistas, levando quatro chocolatinhos na sacola, a gente para, respira e analisa tudo o que houve. É bem verdade que a nossa retina ainda mantém aquelas belas imagens e não nos cansamos de ver os melhores momentos do jogo, especialmente aqueles gols.
Mas esse vento também trouxe verdades. As verdades de quem se esconde e de quem aparece. O ventinho benfazejo limpou uma poerinha que estava se acumulando pelos cantos avaianos. E foi só sair a poeira que o brilho surgiu.
Quando, no começo do ano, começou a leva dos jogadores que fizeram a campanha histórica de 2009, pensamos num desmanche. Porém, as vozes ressacadianas diziam que não, era só uma acomodação de melancias e que uma ou outra saída seria inevitável. Acreditou-se nisso. Eu mesmo embarquei nessa e disse "Desmanche? Não!" Pois foi, e sairam muitos, não uns e outros.
Começou, então, a formatação de um novo time e todo mundo já sabe da história. Mas o presidente naquela época foi enfático, dizendo que faríamos um time melhor e uma campanha ainda mais fantástica.
E todos cobramos dele os resultados que não vinham, e se vinham, eram humildes. Porém, todavia, contudo, afinal, até aqui, é bom que se ressalte, o presidente do Avaí está começando a ter razão. E tanto é verdade que temos em campo praticamente o mesmo time do início e que foi campeão catarinense. E já começa o coro de sensação do campeonato outra vez. Mas onde estava o suposto erro, que nos fazia desconfiar? Ainda preciso responder?
O quero chamar a atenção é para a cara dada ao tapa do presidente. Não vou fazer apologias à sua gestão, à sua imagem, levantar aquelas bobagens de faixas e cartazes. Nada disso. Detesto tributos à imagem. Idolatria é para velhas carolas de fundo de igrejas, não é minha praia. A minha percepção é exatamente do que falta para alguns outros diretores apresentarem-se com sua competência e dizer ao povo avaiano o que pretendem, quais os planos de marketing e como se relacionam com o torcedor.
Pois, aparecer uns porta-vozes semente agora que o vento soprou e varreu a sujeira, é fácil. Queria ver isso lá atrás, no pau, na briga de foice no escuro. Eu admiro o presidente por isso, por não se esconder. Pode cometer erros e lamentar as tansices, mas não se esconde. Diferente de outros que precisam de sabão e vaselina para mostrar que fazem parte do mesmo sol.
Espelhem-se no presidente e se façam de aparecidos. Ou será que o cargo da presidência do clube é cumulativo para as outras áreas?
Bom dia, Azurras - nº 5.286
Há 5 horas
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