A Terra é azul (e deve continuar assim)

O excelente blog Pitaco Azul (os caras são bons, hein, prestem atenção neles!) publicou um belo artigo intitulado Valores, que é, em poucas palavras uma verdadeira aula de amor à vida. Confesso que fiquei satisfeito em ver algo assim ali, num blog de torcedor de futebol, cujas posturas críticas podem parecer voltadas a um único objetivo. Mas o texto do Marcelo revelou uma face encantadora, que é a preocupação com as coisas ao nosso redor, e com a vida. Não podemos perder isso, como cidadãos.

Sem querer parecer pedante, minha formação me obriga a conhecer muito mais dos aspectos da vida, das coisas que garantem o equilíbrio da natureza, dos fluxos de energia ao nosso redor, do que alguém que apenas observa a paisagem. Passei quatro anos estudando Biologia numa faculdade e se não conhecer um centímetro disso, posso jogar meu canudo fora e começar tudo de novo.

Esse meu conhecimento me assegura afirmar que um pouquinho de análise, de observação do mundo real, de discernimento já basta para dizer que estamos indo pelo caminho errado. Nosso viés explorador, enquanto espécie e desde os tempos em que andávamos de quatro, nos está enveredando por um caminho sem volta. Falta com a verdade, de maneira absurda e inconseqüente, quem diz que o homem não é responsável pelo que está acontecendo no planeta.

Aliás, eu exijo, mesmo, cuidado com esse discurso que está sendo inflamado por aí, o de que o aquecimento global é uma farsa. Muitos desses que se manifestam assim possuem um total desconhecimento da coisa, do ponto de vista científico, ou se tem alguma ciência, trazem interesses obscuros e voltados ao desenvolvimentismo burro. Normalmente, suas falas não apresentam alternativas e tentam, apenas, desmerecer os relatórios da ONU, e no mais das vezes trazem um ranço sócio-cultural alienado.

Proteger o patrimônio natural e promover o desenvolvimento da sociedade e do meio ambiente não deve ser atitude tão somente de empresas públicas, como IBAMA, Instituo Chico Mendes e FATMA, mas de cada homem, mulher e criança que pisam no planeta. E ninguém precisa ser um militante, um guerreiro armado e arrenegado a combater ferozmente as empresas e companhias exploradoras. Não, nada disso. Basta, apenas, observar, com sensibilidade, o que se está fazendo no dia a dia, qual o comportamento adotado e se isso não levará a prejuízos à sua família, aos seus amigos, aos seus filhos ou às gerações futuras.

Um pouquinho só de cuidados e já estaremos oferecendo um benefício danado à nossa única casa, o planeta Terra.