A saída do preparador físico Emerson Buck do Avaí é um fato comum e corriqueiro no âmbito do futebol. Jogadores, treinadores, preparadores e demais atores neste esporte são cavalinhos de carrossel: vão e voltam, de um lado para outro.
Talvez o que tenha entristecido a comunidade avaiana foi a forma como tudo se deu, revelando que temos sentimentos. Não gostamos de ser enganados, feitos de bobos. Ainda rola uma auto-estima em nossos corações. Todavia, amanhã tudo será comido com uma boa porção de batatas-fritas e um peixinho assado. Espero que sim, pois a vida segue.
Porém, sei perfeitamente que a forma como isso se dá tem na imaturidade, o sentimentalismo inocente, tanto de nossa torcida quanto de nossa diretoria, uma componente especial. Ainda somos verdes nesse troço. Ainda acreditamos em bom mocismo no futebol. Ainda louvamos jogadores e treinadores como se fossem nossos parentes mais estimados. Ou os desprezamos como mal amados.
Acredito que estas coisas sirvam para aproximar o torcedor de sua instituição, ao ver tudo com outros olhos. Deve ser assim. Temos 87 anos de história, mas nossa presença, nossa real participação no cenário do futebol mais aguerrido e duro do mundo tem dois anos. Nem as participações nos anos 1970 servem para nos dar fibra, ou estabelecer um cinismo providencial. Tudo o que fizemos antes, toda nossa história em terras catarinenses, a participação nas série C e B de nada adiantam se esses fatos não nos fizerem amadurecer.
Quando isso acontecer, quando olharmos o Avaí com os olhos para a valorização das coisas avaianas, quando estabelecermos limites para a paixão e reverenciarmos o clube e não pessoas, aí, sim, será nesse momento que os silas, buck, williams e quetais nos admirarão e nos respeitarão, como deve ser respeitado o Avaí Futebol Clube.
Porém, nesse dia será pior para eles, pois aquele lugar quentinho e saudável da torcida do Avaí já estará ocupado.
Simplesmente AVAIANA
Há 5 horas
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