A entrevista do Dr. Zunino pela rádio que troca as notícias não teve o resultado que se esperava, qual seja, de nos apresentar algo novo em relação à campanha. Foi apenas uma apresentação do que já sabemos, uma espécie de balanço e a convocação da torcida para a dolorida e tormentosa etapa final do campeonato. Cumpriu, nesse ponto, o trivial e esperado.
Porém, do ponto de vista da condução dos debates, foi algo apreciável, bom de se ouvir. Bateu duro, firme e consistente nos intelectualóides de plantão. Um deles chegou a tremer, era perceptível.
Se os bocós, que não acreditam nas posturas diferenciadas em relação aos times da Capital pela Rede de Baixos Salários, ainda têm dúvidas, essa entrevista foi emblemática. Demonstrou como somos tratados e como nos desprezam.
Nesta semana o presidente do time da série baixa foi paparicado, louvado, aplaudido e elogiado. Efusivas loas foram emitidas ao cidadão. Sequer um suorzinho nas axilas, um rumor de face. Apenas olhos rútilos.
Pois nem bem dispôs as nádegas na cadeira e o presidente do Avaí já levou uma rasteira, por pouco não foi trucidado. Porém, em face até a situação em que o time se encontra, devolveu com dureza e determinação as insinuações e falsidades dos bobos-alegres.
Pudera esta mesma severidade fosse apresentada nos intestinos da Ressacada e hoje estaríamos disputando o título brasileiro. Mas...
Uma pena que ele não teve o mesmo pulso firme com a RBS durante todo o ano. E continuará não tendo.
Outra coisa: Zunino tem que pensar antes de falar, coisa que nunca faz. Ele é o presidente, esta certo em defender publicamente seus funcionários, o que não pode é falar a besteira que ele falou: os números do marketing estão certos, são os borderôs dos jogos do avai que não correspondem com a realidade.
O que isto significa? Adulteram borderô? O avai deve assumir publicamente esta prática?