Testes de hipóteses

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Uma angustiante expectativa toma conta dos avaianos. Tenho lido e ouvido comentários, avaliações e lógicas de presunção as mais diversas sobre o planejamento para o próximo ano. Muitas hipóteses são levantadas. E não poderia ser diferente, afinal, esta torcida, diferente dos outros seres vivos, respira os ares das cores azuis e brancas.

O ano de 2010 foi um absurdo de emoções. Desde vitórias apoteóticas a desilusões dramáticas, passando por angustias e agonias, os avaianos viveram intensamente este ano. Diz-se que não se pode repetir os erros cometidos. E se deseja um ano de 2011 com menos adrenalina. É verdade, os fatos vividos neste ano não mentem. Mas eu também não lembro de duas temporadas ruins do Avaí. Busco no passado e não me recordo que tenhamos sofrido muito em anos seguidos. Tivemos momentos ruins que foram compensados com caminhadas mais tranquilas logo em seguida. Ao menos, sem muitas tragédias.

O que quero dizer com essa arenga é que neste ano que, ufa, está terminando, a avaianada sofreu além da conta. Tudo por iniciativas que beiraram à infantilidade. Algumas medidas adotadas pelas esferas mais internas da Ressacada foram, para ser bacaninha, medíocres. E, ainda assim, tivemos conqusitas, olha só que loucura!

É evidente que nossas pretensões no cenário nacional são humildes. Todo avaiano esperto e inteligente, que saiba que o sol é quente e o gelo é gelado, tem a obrigação de entender que ainda somos verdes nesse esporte jogado no Brasil. Não podemos querer muito mesmo e um 16o. ou 15o. lugar é o que nos cabe. Ainda. Mais que isso é heroismo abobado. Porém, não precisava exagerar, o.

O ano de 2011 promete ser mais tranquilo. As notícias que vêm da Ressacada nos mostram que a poeira vai sentar e algumas vaidades serão arrefecidas. Há jogadores bons que vão embora? Vâo. Infelizmente, para a nossa tristeza, é assim que as coisas são. O papel do Avaí, ou de clubes de nosso porte no futebol brasileiro é ainda o de fornecedor. Não há como segurar jogadores de qualidade frente à sanha mercadológica que permeia por aí.

Temos que nos contentar em fazer um time por ano e ir disputando os pontos que nos cabem. Por isso, o que nos manterá anos na séria A não é a qualidade galáctica de um time, mas a competência por trás das cortinas, nos bastidores. É ali, no conjunto de administradores de nosso futebol que reside o time que nos assegura a manutenção na elite. Naquele espaço não se pode perder pênaltis e nem gols feito, tampouco fazer gols contra. Naquele espaço dos bastidores os homens e mulheres que cuidam do Avaí devem fazer gols de placa a cada temporada.

É isso ou seremos mais um time sem série em Santa Catarina. Precisamos de seriedade, pois.

0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários aqui postados sofrerão moderação. Anônimos serão deletados, sem dó, nem piedade.
Não serão aceitos comentários grosseiros com palavrões, xingamentos, denúncias, acusações inverídicas ou sem comprovação e bate-bocas.
Não pese a mão. A crítica deve ser educada e polida.

 
Força Azurra © 2011 | Designed by VPS Hosts, in collaboration with Call of Duty Modern Warfare 3, Jason Aldean Tour and Sister Act Tickets