Quando o riso espanta o medo

As pessoas desta cidade, na faixa dos 50 anos como eu, sabem quem é o Avaí, a instituição Avaí Futebol Clube. Percebem nitidamente, quando se fala de futebol por estas terras, qual o significado do Avaí e quem são os avaianos.

Temos um outro clube na cidade, é bem verdade, e respeitamos as escolhas. Mas o Avaí, vamos combinar, foi a agremiação dominante no futebol jogado por aqui ao longo de todo o século passado. Fomos os mais vezes campeões, inapelavelmente. Vencemos até a 2a. divisão do estadual, coisa que para alguns foi arrumado, no sentido de se evitar maiores vexames.

E por falar em vexames, sabemos que o "outro" nos alcançou em títulos graças a uma série de coisas. Sobrou falta de qualidade de nossa parte, mas sobraram falcatruas em outras bandas, uma situação escondida pela nossa imprensa isenta e honesta, como alguns ingênuos repercutem por aí. Talves seja esta a razão do "bombeiro" aqui nunca esquecer destes detalhezinhos sórdidos.

Mas, mudando de assunto, é preciso dizer que hoje, no atual campeonato catarinense, somos uma piada. Uma troça. Um brinquedo. Uma coisinha de fazer rir. Não temos um time de futebol, apenas um amontoado de senhores peladeiros que se dizem jogadores, comandados por gente que se mostra completamente perdida, apoiados por um planejamento de picadeiro. O Avaí Futebol Clube, no atual campeonato, causa ataques. De risos nos outros. As outras torcidas e clubes perderam o medo e o respeito por nossas honras e glórias, pela nossa raça e pela tradição, que antes eram sinônimos de Avaí Futebol Clube.

Não quero saber de escalações, de quem vai estar em campo, que técnico vai comandar este amontoado que enverga as cores azuis e brancas. Quero saber quando o Avaí que eu aprendi a torcer e a gostar voltará a jogar. Pois, até agora, o quem vimos foi um show de palhaços, trapalhões e bobos a divertir as platéias.