É muito fácil escrever sobre o comportamento de uma parte da torcida baseando-se apenas no desempenho do Avaí.
Quando vencemos ficam sem voz. Os olhos lacrimejam facilmente. A respiração se altera. O coração palpita. E as faixas com declarações de amor eterno para diversas personalidades se expandem. Alguns buzinam do carro ouvindo quem nos detesta. Outros chamam todo mundo de meu querido. E durante semanas a fio, enquanto as vitórias vêm, somos a melhor e maior torcida do mundo. "Avaí, meu Avaí."
São instáveis.
Quando perdemos ficam sem voz de tantos palavrões proferidos. Os olhos se apertam e não querem ver o desastre se realizando. A respiração se altera de raiva. O coração palpita de angustia. E faixas com protestos e declarações de ódio são estendidas. Alguns tocam o carro com velocidade absurda. Outros chamam todo mundo de feio, idiota, imbecil, boca-alugada, chapa-branca. E durante semanas a fio, enquanto as vitórias não vêm, os blogs e as redes sociais são as válvulas de escape para ofender, criticar, humilhar e esquartejar quem passar pela frente. "O Avaí é só meu."
São volúveis.
É muito difícil desconstruir um consenso, uma vez que ele é a manifestação de manada, estabelecendo-se num pensamento único, ou conduzindo a opinião para a maioria. Todos devem pesnar igual. Quem pensar diferente, em qualquer situação, na vitória ou na derrota, está tapando o sol com a peneira.
Todavia, como diz o Décio, tem muita gente querendo voltar ao passado, como albinos que vivem na sombra, mas que sofrem de um mal de Alzheimer absoluto, com total e completa falta de memória. E, além disso, são covardes, pois na primeira maria-fumaça enfumaçada serão os primeiros a correr pra casa, para as barras da saia da mamãe.
Eita, espiral, que roda pra lá e roda pra cá!
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