Domingo teremos um jogo decisivo. Será a partida que nos manterá vivos no campeonato, ou nos garantirá o passaporte para começar tudo de novo. Dessa forma, é de real importância a presença da torcida avaiana, aquela que não desiste nunca, no estádio. Aquela fiel e festiva, admirável e admirada por todos. Não há mais espaço para discursos moles e nhenhenhéns de oportunistas. O negócio agora é levar o Avaí à frente.
O Avaí, desde que subiu à elite do futebol nacional, é um time caível. Deixou de ser um singelo aspirante para entrar na dura realidade que é nadar como sardinha no meio dos tubarões famintos. Faz futebol com orçamento curto, enquanto que os outros mais tradicionais já contam com cofre esburacados.
Há quem diga que quando não se tem capacidade, que não participe. Obviamente que as pessoas com esse discurso já foram devidamente internadas em manicômios. Não há mais nenhum louco pensando assim. Ou melhor, não creio que ainda haja alguém com esse pensamento.
Ora, todos nós, em algum momento na vida, começamos como pequenos. Alguns continuam, mas uma boa parte pensa sempre em crescer. Apontem-me quem hoje é grande porque tenha surgido grande, e que tenha acertado tudo até ficar grande. A persistência e a paciência foram os principais remédios para transformar relés formiguinhas trôpegas em elefantes bombadões.
É claro que uma boa parte de prenúncio de queda foi proporcionado pela nossa diretoria, que fez-se de surda e não ouviu a sua torcida e desacatou o bom senso. Mas uma parcela considerável dessa situação pode-se creditar ao fato de nosso tamanho mesmo. Isso é inegável. Por isso, não podíamos ter errado tão feio, pois em cada esquina sempre houve uma chance de derrota. E o pequeno é quem mais sofre.
Entretanto, o Avaí é daqueles clubes de futebol onde o “por incrível que pareça” dá as suas caras. A nossa história é repleta desses momentos, dessas viradas absurdas e retornos apoteóticos. Claro que a magia deste comportamento também cansa. Por mais que os deuses do futebol nos ajudem, eles dão de ombros quando não nos ajudamos.
Chega de pensamento negativo e de bobagens existenciais ditas apenas por aqueles que querem aparecer como arautos do conformismo e da realidade tansa. A realidade do avaiano é na série A e para isso basta querermos. O Avaí deve se manter na elite do futebol nacional. Apanhando ou tendo conquistas, mas se mantendo ali. Só assim poderá, um dia, almejar algo bem mais importante. Lembremos que começamos no camp, na bola, sem ajudas de extraterrestres ou de letras e palavras fáceis.
Eu estou junto, até o final. Mas não vou desistir e não serei o único. Sem dúvida alguma.
TAMO JUNTO!
JC