No jogo desta quarta-feira está sendo programada uma sessão de protestos na Ressacada. Confesso que protestos no âmbito do futebol me preocupam. Muita gente se vale dos exemplos dos movimentos políticos, de todo o tipo e pensa que isso pode ser estendido ao futebol. Não, não funciona assim.
Lá, na política, o controle é fino, no limite, mesmo havendo uma boa dose de racionalidade, onde os objetivos são muito bem delineados, onde cada cabeça sabe como começa e de que forma deve terminar. No futebol o que manda é a emoção. E isso, meu caro leitor, isso ninguém controla. A gente sabe como começa, mas não tem a menor ideia de como termina. Ou melhor, até se sabe, mas é algo que não queremos. Espero que aqueles que custam a compreender textos, dessa vez entendam isso.
Há necessidade, sim, de o torcedor avaiano se manifestar. O Avaí faz parte de nossas vidas, mobiliza uma boa parte da cidade, deixa milhares de pessoas apreensivas e, do ponto de vista da vida social, é algo que representa muito em nosso reduto. Portanto, devemos, com toda a certeza, nos manifestar para o bem dessa instituição.
Toda manifestação é um ato democrático. Qualquer um tem o direito assegurado pela Constituição da República de dizer o que quer e o que pensa. Porém, perde a razão quando isso descamba para a violência. E esse é o perigo de uma manifestação de torcedores de futebol, pois a emoção aflora e os ânimos se exaltam. É da natureza humana, também, o descontrole emocional.
Cabe a cada um de nós que formos ao estádio dizer um não ao que foi este ano na Ressacada. Devemos demonstrar que não estamos contentes com isso. Temos uma oportunidade de nos fazermos ouvir. E que seja uma manifestação histórica, dita por quem quer o bem do Avaí, da instituição, por quem sofre, clama, chora e ri pelo Avaí. Devemos convencer aos poucos arruaceiros e baderneiros que a violência turva a razão e desmonta uma possibilidade única de nos fazermos ouvir. Sejamos duros e contundentes em nossos protestos, mas inteligentes. Qualquer coisa além de palavras pode trazer mais prejuízos do que aqueles proporcionados pela diretoria nestes dois anos.
Os torcedores avaianos, sempre ditos como uma gente diferenciada, podem ensinar ao país do futebol como se deve fazer um protesto. Podem demonstrar que somos uma nação de fanáticos, mas acima de tudo um grupo de seres inteligentes e pacíficos. Podemos iniciar uma nova onda de se manifestar no mundo do futebol, uma primavera de bons exemplos. O Avaí ainda pode fazer coisas.
Primavera Avaiana
5 comentários:
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Bom, cada qual chora por aquilo que sente saudades, né, Robson? Eu levaria flores, sinto falta das coisas boas na Ressacada, e a flores representam isso. Já você...
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Então escreva um post, falando da saudade de quando as coisas eram boas na ressacada, de como era bom o Avai sem o Gabriel!
Porque assim la vai virar a ressacaba.
Robson Costeira
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Robson, lamento, mas me parece que você é mais um que não lê o meu blog. Acho que você entendeu, né?
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É que comecei a acompanhar o blog a pouco tempo, e ainda não li nada sobre a saudade de quando o Avai parecia time grande.
Robson Costeira
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