Amor e ódio ao Chamusca

terça-feira, 30 de março de 2010

A expectativa que se criou em relação ao jogo de amanhã, contra o Coritiba, pela Copa do Brasil, está tomando dimensões estranhas. Já vejo gente torcendo contra, querendo que o time perca para que o técnico Chamusca seja demitido logo e o sofrimento da torcida se vá.


Isso é um sentimento esquisito. E egoísta. Não condiz com um bom avaiano.

Há gente querendo resolver sua própria angustia, seu desencanto. Sofre do mal da falta de paciência.

Olha, não é preciso ser muito inteligente - aquela porta ali já serve - para perceber que as coisas vão mal. Aliás, de mal a pior. O ridículo dessa campanha do Avaí (viu, André!) é que podíamos estar confortavelmente deitados na rede do Chamusca, tomando uma aguinha de côco, sendo levemente abanados e esperando os outros se acabarem para disputar o título conosco. Mas não estamos assim. E temos que jogar duramente para conseguir um lugar ao Sol. E ainda driblar os homens de pretos e apagarmos as charutadas do "da barba".

Não estamos tendo vida fácil. Dinheiro, nós temos, planejamento, dizem que tem, estamos com um elenco de jogadores qualificados o suficiente para disputar um estadual chinfrim como este. E o técnico tem renome nacional, não é um zé ruela qualquer. E a campanha, vamos combiná, não é assim uma Brastemp, mas pra um Juventus a gente não serve. Mas, então, o que está deixando a torcida desacossoada? É a sensação de que falta algo, e dos grandes.

Porém, eu entendo que esse ódio instalado contra o técnico é desnecessário. A propósito, diga-se, nem ódio absoluto e nem amor incondicional. Eu amo os meus filhos e minha esposa. E o meu clube. Mas os jogadores a gente aplaude e torce para que saiam vencedores, sem nenhuma contra-partida. Até porque, no final da temporada, vão todos embora a gente fica aqui com cara de tanso, a sonhar com os "nossos craques" e com o "nosso treinador".

Sem essa de ódio ou amor! Eu apenas torço para o time, para os camaradas que vestem a nossa camisa, sejam eles quais forem. Torço para que o Chamusca ache um time, que o Leonardo faça uns gols, que até o Davi, se entrar, arrebente. Até para o Jandson eu torço (ainda que para ele já me faltem os cabelos). Eu quero é que dê tudo certo e não essa ranzinzisse de apostar no pior pra ver se melhora.

Afinal, eu quero é um título e não um nome de jogador na camisa.

1 comentários:

  1. Um título vem com profissionais competentes e honrados. A começar pelo treinador.

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