A atual política de preços na Ressacada já foi debatida e criticada à exaustão. Seria bater na mesma tecla enferrujada descrever tudo que houve de 01 de janeiro de 2010 para cá. Sabemos que foi impositiva, abusiva e impraticável, considerando-se a situação financeira de nossos torcedores. E ingrata, uma vez que estes torcedores, outrora fiéis seguidores de uma paixão alucinada, foram relegados à condição de meros consumidores.
A propósito disso, até a lei de mercado da oferta e da procura, aquela a qual o comerciante adota para definir os custos e estabelecer preços, é de uma falta de visão cruel. Ora, o atual cliente avaiano não pode sair por aí a procurar uma alternativa de time pra torcer. Vamu combiná, torcer pro Tombense é decretar o fim dos tempos. A alternativa é ouvir no raidinho o Miguelito destroçar tudo e a todos, ou assistir pela TV ao esganiçar orgástico de Giovani Martinello. Ninguém merece!
Portanto, resta ao torcedor expulso da Ressacada buscar nos bolsos alguns caraminguás restantes da feira ou do supermercado para assistir ao vivo, no pulsar das arquibancadas, no calor do batuques e vibrações do estádio ao seu Avaí. A duras penas, é verdade.
Mas eis que, compadecidos pelo sofrimento dos torcedores, ilustres defensores da causa alviceleste ante ao sofrimento midiático a que eram impostos, o mar quetingui avaiano resolveu nos oferecer um bombom recheado com a ambrosia dos deuses, que foi a diminuição dos preços dos ingressos. Alvíssaras tal medida. Quiçá no futuro possam brindar os sócio-torcedores com tamanha generosidade.
Porém, aqui no cantinho, cá no pé da cadeira, bem abaixadinho, eu fico a matutar o significado dessa singela medida. Não seria a hora de alguém presentear os nobres representantes do mar quetingui avaiano com um bom GPS? Pois, pelo visto, alguém não acertou o caminho de volta.
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