Contava o filósofo contemporâneo Juca Chaves que um pai tinha dois filhos, um pessimista e outro otimista. Cansado das impertinências de seus rebentos, num dia de Natal ele deu para cada um uma lata de bosta de cavalo. O pessimista fez uma cara feia dizendo que não havia merda pra todo mundo e o otimista saiu correndo e gritando: "cadê meu cavalo, cadê meu cavalo!"
Pois foi assim que eu vi torcedores do Avaí no domingo do chocolate em cima do Atlético Schnauzervitz: torcedores extremamente pessimistas e absolutamente otimistas.
Mal o time entrou em campo e houve uma vaia, ainda que contida, para o coitado do Gustavo. E a cada jogada do cidadão ouvia-se um ranço, um malquerer, um "joga direito, ô". Logo depois, lá pela metade do 2o. tempo, quando nosso candidato a sangue azul Marcinho, o guerreiro, sentia as cãimbras da cama em que dormia, pediu pra sair, do banco surgiu o grandalhão Rudnei, sendo recebido por alguns uuuus mal encarados também.
E aí, quando o Avaí sacramentou a Fabulosa Fábrica de Chocolate pra cima do time da colônia teuta, eis que aplausos entusiásticos dos mesmos que eu vi vaiando surgiram, alegres, faceiros, abobados. Fez surgir até um "ué?" por ali.
Poxa vida! Ou a gente começa a apoiar de verdade o time e levá-lo para a conquista da competição, ou temos que amargurar um resultado ridículo daqui por diante. Chega dessa bipolaridade, né!
Até porque, já basta a remada contra do Delfim e seus homens de preto.
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