A feia parlenda da camisa feia.

Na Química, tanto quanto na Matemática, quando se põem os reagentes ou os números corretos de um lado, todo mundo sabe o que vai sair do outro. É uma lógica linear, onde não há erros. A não ser que o sujeito seja um tanso e erre na dose, ou na conta.

No mundo do futebol é diferente. Nunca se pode ter a absoluta certeza do que pode advir dos fenômenos que regem esse tipo de jogo. Mesmo que haja planejamentos, boa estrutura profissional e, principalmente, dinheiro, os resultados do time preparado para uma disputa dependem de diversas variáveis.

Um time de futebol, ao se dispor a entrar em campo num torneio, numa competição, tem que contar com os problemas inerentes às condições físicas e emocionais de seus atletas. Além do mais, há as contingências, os lances ao acaso, a arbitragem, a postura dos atletas adversários, o humor da torcida, a crítica jornalística, o gramado e, acima de tudo, os quero-queros. Tudo pode influenciar num resultado de um time de futebol.

Por isso, a valorização dos campeonatos conquistados deve ser máxima, envolvente, deve ser honesta e com boa vontade. Afinal, o campeão contornou as variáveis.

O Avaí Futebol Clube, torcida, dirigentes e jogadores, foram campeões num torneio cuja qualidade é discutível, mas de disputas duríssimas. Sobrepujamos adversidades imensas. Logo em seguida começamos um outro campeonato também de caráter difícil e implacável, goleando um dos times mais cascudos da competição.

Estamos à beira de iniciarmos uma época de grandes conquistas, de nos posicionarmos como uma das forças do futebol do Sul do país, nossas vitórias deverão incomodar os grandes do esporte nacional, na medida em que a balança da competição tenderá a pender para o lado azurra. É certo que logo mais, os projetos existentes na Ressacada, no sentido de ampliarmos nosso patrimônio, orgulharão a torcida do mais vezes campeão de SC.

Então a grande preocupação, aquilo que nos move como torcedores e aficcionados não deve ser com uma camisa quadriculada.

Aí é pacabánéô!

Sou do tempo do vinil, que tinha dois lados. Virem o disco!