O futebol arte ainda respira

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A partida entre o Santos, considerado o principal representante do tal futebol arte no Brasil, e o Grêmio, tido como o principal representante da brucuturagem do futebol brasileiro, terminou com vantagem para o futebol arte. Aliás, que arte!

Os três gols do Santos revelaram que a molecagem, a boa molecagem de nosso futebol, única no mundo, ainda persiste.

Tenho afirmado reiteradas vezes que isso, a forma de jogar com arte e apreço pela bola, está em vias de extinção. Hoje em dia, jogadores com fôlego de alpinistas e porte físico de lutadores de vale-tudo é o que está em voga no futebol. Verdadeiros terminators anabolizados.

Mas, mesmo o mais afoito dos brucutus cansa. E cansa muito. Foi o que se viu. O Grêmio jogou muito, em velocidade, em marcação, em posicionamento tático perfeito, mas cansou. Quando puxou o ar, não tinha mais. E aí, jogadores com toque refinado fizeram a diferença e massacraram os schwarzeneggers gauchos.

O jogo desta quarta deveria ser gravado, para que as gerações futuras, nossos filhos e netos, fiquem sabendo como se jogava futebol no Brasil. Que bom que o Grêmio e seu futebol feio se foram, mas o futebol do tipo do Santos também está com seus dias contados.

Porque?

Ora, a resposta estará na próxima Copa do Mundo.

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