O jogo da demissão

E tanto fez, que levou alguém, hein!

Tanto insistiu, tanto forçou, tanto cutucou que levou mais um de nossos jogadores.

Estou falando de Silas. De Paulo Silas Pereira. Que foi nosso técnico no acesso, em 2008, naquela campanha memorável. Que também foi nosso técnico durante o ano de 2009, com direito a campeonato catarinense e brasileirão assombrosos, classificação pra Sulamericana e Copa do Brasil. O técnico Silas fez história por aqui, comandando o Leão da Ilha. E quem era Paulo Silas?

Chegou como um estagiário, como um aprendiz, esquentando o lugar para alguém mais capaz, cujo trabalho foi se firmando e angariando prestigio e admiração por parte da torcida azurra e do resto do Brasil. Não obstante ter conseguido tudo isso pela sua competência, é bom salientar que a estrutura do Avaí o ajudou, e muito. Tanto é assim que o trabalho de Chamusca tem-se mostrado qualificado, mesmo havendo que remontar um time.

Mas a torcida avaiana não esquece de Silas.

Ele será sempre lembrado, até por ser boquirroto, pois para mostrar que era capaz no seu outro time, andou trocando os canais e os pés pelas mãos, esnobando o nosso Avaí e fazendo comaparações torpes e desnecessárias. Não tem problema, não somos rancoros, não guardamos mágoas, ainda seremos grandes o suficiente para técnicos deste tipo, um dia, serem obrigados a bater em nossa porta pedindo um emprego. Será ofertado, tenho certeza, sem antes não darmos aquela risadinha cínica.

Antes disso, contudo, jogaremos o jogo de sua demissão lá no Grêmio. Faremos uma partida para ser lembrada, para impor o respeito e a dignidade que o Avaí merece e, acima de tudo, dizer ao senhor Paulo Silas que nos dê o respeito na mesma moeda que um dia lhe entregamos.

E será demitido após a partida contra o Avaí, tenho certeza.