Que cidade é esta?

Parafraseando o Legião Urbana, que perguntava sobre o nosso país, eu quero saber que cidade é a nossa.

Esta cidade, a capital dos catarinenses, dotada naturalmente de um dos mais belos cenários do mundo, adorada pelos habitantes do resto do Brasil, onde o vento sul nos resfria e o norte nos aquece, onde o mar molha nossos rostos, esta cidade, a cada dia que passa está minguando, se deteriorando, indo pelo ralo, para ser mais grosseiro.

Constroem-se prédios sobre encostas e mancham-se as dunas, mangues e costões com casas e campos de golfes (felizmente o mar está tomando tudo de volta). Poluem, sujam, arrastam suas excrescências para todos os lados, sangrando a antiga terra maravilhosa com as decadentes obras da estupidez dita humana.

Administrada anos e anos por incompetentes lacaios do capital, Florianópolis está sofrendo. Agora, sem prefeito há quase uma década, desviaram o dinheiro de nossos impostos para árvores natalinas indecentes e, para o bem comum e para seus habitantes, deram uma digna banana.

Pois nesta semana que passou, quando em duas atitudes da mais pura burrice administrativa foram tomadas, mostraram como sacramentar a derrocada de uma cidade. Estão a cortar uma verba do que seria a melhoria do acesso ao Sul da Ilha e a aumentar passagens de ônibus.

Ora, um imbecil sem muita perspecitva intelectual percebe o que isso representa. Passagens de ônibus mais caras significam que andar de carro particular é mais barato. Ponto para a incompetência, pois a frota de automóveis nas ruas aumenta. Corte de verbas para obras nas ruas significa mais trânsito engarrafado. Mais um ponto para a incompetência, pois mais carros nas ruas e menos acesso para carros significam mais engarrafamentos, ou seja, é algo que se avoluma.

Desculpem a grosseria e o desabafo, mas é ou não é uma demonstração de pura mediocridade administrativa.