Um campeonato diferente

O campeonato jogado pelo Avaí neste ano é diferente do ano passado. O Avaí agora não é mais uma grata surpresa, mas um time chato que precisa ser vencido pelos grandes, segundo a ótica da grande mídia nacional. Não haverá mais complacência conosco. E para impor nosso jogo precisamos estar bem preparados, deixar o nervosismo no vestiário e entrar em campo mordendo tudo. Cara feia a toda hora.

Um campeonato tem que ser analisado pelo seu conteúdo e não pelas jogadas pontuais. Faz parte do jogo errar ou acertar um passe, mas faz parte de um bom campeonato ter banco e preparo físico. E um esquema tático acertado.

Se no ano passado tivemos apagões homéricos e vitórias arrasadoras, e ainda chegamos equilibrados ao final com o saldo daquela bela campanha, foi em função dos bons ingredientes que apareceram ao longo da competição. Embora resistíssemos em aceitar, tínhamos banco, ainda que limitado. E o Emerson Buck deu um banho, quando víamos, a cada rodada, um Avaí voando em campo. Portanto, se pontualmente tivemos falhas, no contexto éramos muito bons.

Neste ano temos que sobrepujar a condição do ano passado, para obtermos uma vantagem bem maior. E isso passa pelo condicionamento físico, no qual alguns estão deixando a desejar.

Hoje temos um jogador de qualidade na entrada da área, o Marcinho Guerreiro, que não havia no ano passado, mas que precisa entrar em forma, urgentemente. Está há muito cansado. E temos que ter um jogador diferenciado, uma surpresa para o 2o. tempo. Deve ser um Roberto do ano passado, uma vez que o Roberto desse ano é titular, está entrando desde o começo, faz parte do esquema e não é mais uma surpresa.

A próxima partida contra o Vasco é o típico jogo para impor respeito e dar de dedo, sem essa de humildade. O Avaí precisa ser considerado pelos outros um time a ser batido e não mais aquele no qual os grandes jogavam pra fazer saldo. No domingo que vem é dia de Ressacada lotada.

A propósito, o pessoal da 2a., aqueles do time ex-colorido, aqueles da filial do Tombense estão a dizer que nossa vantagem é pela ajuda do juiz. Bom, pra quem comeu uma pizza portuguesa em casa com um erro do juiz e um entregada do zagueiro adversário, é melhor ficar bem calado. Aliás, como ficaram calados o pessoal daquela rede famosa na transmissão pelo rádio. Ouviu-se um ufa! ao final do jogo. Então, silêncio!