Como já analisei aqui por diversas vezes, as decisões ocorridas neste ano, na Ressacada, geraram muxoxos e malquereres entre os torcedores. Algumas insatisfações estão, inclusive, mais exaltadas, revelando que as resoluções infelizes não contam com o apoio da maioria. Dentro de um processo democrático, é natural que haja protestos. É inevitável. Mas, não é bom.
Um time que participa do duríssimo campeonato brasileiro da série A precisa, acima de tudo, de apoio de sua comunidade, muito mais do que de dinheiro. A propósito, não há nada de imoral em querer ter um pouco mais de dinheiro do que no ano anterior. O problema é não revelar isso, não fazer da comunicação um canal com o torcedor ou se fazer de neutro.
A perpetuação nos campeonatos difíceis requer consistência popular, apoio de seus torcedores, manifestação entusiástica e efusiva de quem por ele é apaixonado. Porém, a insatisfação crescente e mal administrada na coletividade do Avaí levou a conjuntura a esse patamar de caras amarradas. Os homens e mulheres que tratam das coisas administrativas dentro do Avaí estão adoçando café com sal, algumas vezes com vinagre, azedando cada vez mais a situação. Relegar essa condição de fanático por seu time a uma mera relação comercial reflete desconhecimento das realidades inerentes à causa futebol. Por isso, o protesto.
E todo protesto revela uma linha de conduta diferente do que pensa uma minoria. Ele tem a sua relevância. Então, está na hora de alguém ouvir esse clamor.
Não faço, por uma questão de princípios, protestos dessa ordem. E não venha nenhum abobado imaginar que seja por minha relação profissional. Nada disso. Não consigo me imaginar olhando feio para o Avaí e abrindo o bocão em praça pública. É uma postura pessoal. Mas o protesto é válido, sim, é salutar, vem ao encontro do que a massa avaiana pretende e poderá oxigenar as relações pra lá de nebulosas nesse ano.
Espero, sinceramente, que se façam boas reflexões de tudo isso que está acontecendo e que o Avaí continue crescendo e amadurecendo cada vez mais.
Assim como todo mundo, eu quero um Avaí forte e dinâmico e nunca um mercado de varejos.
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