Uma convocação merecida

terça-feira, 27 de julho de 2010

Momentos antes do jogo contra o Vasco da Gama, na Ressacada, o qual vencemos por 2 x 0, o serviço de som anunciava a escalação do Renan para aquela partida. Minha esposa, ao meu lado, perguntou quem era e eu mencionei que era o goleiro da base, recentemente "adotado" para o time principal e que era bom, muito bom. Ainda afirmei, naquele momento, que era goleiro de seleção, tal a competência do rapaz. Eu disse: "váis te surpreender, ele é um baita goleiro". Ela, a Dona Tania, ainda afirmou: "mas é tão novinho".

O jogo rolou, Renan fez um partidaço, digno dos melhores goleiros que já passaram pelo Avaí e pela Ressacada e surpreendeu até a mim, que já era seu fã. A imprensa do Rio babou elogios para ele. A daqui, é claro, o comparou ao mãos de alface de um determinado time cor-de-rosa.

Depois, com a vinda do Delegado Antoio Lopix, ele foi efetivado como titular, em razão do pisado do Zé Carlos.

Mas, ainda que todos admirassem esse goleiro "novinho", desde aquela magistral Copa São Paulo, onde apareceram além dele, o Medina, Carreirinha, Jhony, Christian e tantos outros, é uma grata surpresa ele surgir como convocado para uma seleção brasileira. E para uma carreira de um iniciante, isso é uma porta com direito a acessos variados mundo afora.

Afinal, qualquer jogador que atue pela seleção brasileira vira popstar da noite pro dia. Espanha pode ser campeã mundial jogando aquele futebol de sabonete, Alemanha pode ter a sua grandiosidade, a Itália demonstrar a sua potência, Inglaterra, Argentina, França e Holanda, idem, idem, mas o mundo todo gosta de ver mesmo é a seleção brasileira. Eles, os jogadores do Brasil é que são as estrelas do espetáculo chamado futebol. O resto, o resto mesmo, é coadjuvante.

Por isso, uma convocação dessas nos enche de orgulho e satisfação, ao saber que um dos nossos, do Leão da Ilha, está agora brilhando no panteão da seleção mais badalada no mundo. Não é um jogador que jogou no Avaí. Ele é titular no nosso time. Atualmente, joga no Avaí.

O curioso é que quando convocaram um monte de jogadores que rodaram o mundo e, inclusive, jogaram no time do lado de lá das pontes, os avaianos se resignaram. Não vi, honestamente, tanta celeuma armada "contra" aquelas convocações. A gente aqui até dava umas risadinhas, pois haviam forçado muito a barra: "o jogador que jogou no Tombense, mas também jogou no CSKA, no ZYJ, no Alentejo, no Fusquinha FC, no Zaire, em Ruanda, foi convocado". Claro, em um deles tinha que cair.

Mas e o nosso Renan? Poxa, tem o franguei...ops, digo, o goleiro deles, que "obrigatoriamente" tem que aparecer. Impossível. Não pode. A rede gaucha ficará órfã. Como ousam não convocar o mãos de alface.

Então eu digo que isso é resultado de trabalho, de jogar no campo e não pelas janelas da vida, de conseguir as coisas com dureza e não fazendo conchavos com a Federação do Delfim. É assim que as coisas funcionam.

Muito respeito, portanto.

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