A queda de Silas Pereira anunciada há pouco, do cargo de técnico do Grêmio, tem mais relações com o Avaí do que se possa imaginar. Se nos reportamos ao ano passado, foi mais ou menos por essa época que ele se consolidou como uma revelação do campeonato brasileiro de futebol, na condição de técnico.
Estávamos na pindaíba do rebaixamento, os mares da intranquilidade nos causavam medos, os fantasmas nos assombravam e quando todos imaginavam que a solução seria uma reunião da diretoria avaiana para pôr o treinador no olho da rua, eis que se reuniram e disseram: "confiamos em ti. Muda um pouquinho aqui e outro ali, e o resto é contigo." E ficou. E fez bonito. E o Avaí mudou a história do campeonato. Nunca um outro time de SC fez tanto. Não venham os alvi-rosas querer dizer que foram iguais e nem os do carvão também . Nunca foi feito nada assim. E tudo por que a direção avaiana apostou numa solução inusitada. Fez diferente.
Neste ano, a situação ia se tornando parecida. Começamos bem, mas um cansaço baiano foi tomando conta do time, de tal sorte que não havia mais tesão para ver o Avaí jogar. Mas o próprio treinador se antecipou e foi dormir numa rede mais confortável lá fora. Qual seria a solução? Pelo cacife financeiro do Avaí, o certo, o escrito nas cartilhas seria trazer um técnico barato e promissor e tentar uma injeção de ânimo no time. E o que fez de novidade a direção avaiana? Trouxe um técnico quase em fim de carreira, apostando, agora, na experiência.
Mais uma vez, fazendo diferente dos outros, o Avaí acertou a mão e reverteu o quadro. A derrota para o Guarani é daquelas coisas de fazer cinema mudo falar, não está no combinado. Alguém deve ter comido alguma coisa diferente em Campinas, e não foi a bola.
Portanto, quando peço o apoio da torcida não é para ser chato, mas é para sermos diferentes. O Rodrigo Veras me chamou a atenção, nos comentários abaixo, para o trivial que são as torcidas pelo mundo. Eu sei disso. Ao nascer, quando o sujeito adota a sina de ser torcedor, o primeiro gene que aflora é o da bipolaridade.
Todavia, se a direção avaiana prima pelo inusitado (tá, tudo bem, fizeram bobagens quanto aos ingressos e mensalidades!), por que nós, torcedores, não podemos ser de um tipo diferente? Podemos colocar o nome do Avaí no hall da fama do futebol brasileiro. Basta querer. Ou alguém vai querer ficar de fora dessa festa e assistir a tudo pelo PPV?
O Avaí e os outros
Postado por
Alexandre Carlos Aguiar
às
22:17
domingo, 8 de agosto de 2010
Marcadores:
torcida; técnico; jogadores
3 comentários:
-
Alexandre,
A questão não é colocar culpa neste ou naquele. A questão é torcer. Sobre o Silas eu comentei lá no blog, até coloquei o link, no comentário do teu post anterior. Mas acredito, também, que temos condições de vencer o Corinthians.
Ah, aproveito para divulgar o "mesa quadrada", dessa vez o debate é entre Armando Nogueira, Nelson Rodrigues e João Saldanha. Passa lá!
http://alameda1976.wordpress.com/2010/08/10/mesa-quadrada-09082010/
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Nosso time é de outro nível, já somos diferentes.
http://minhavidavai.blogspot.com/2010/08/belo-video-belo-exemplo.html
Isso é ser diferente, vale mais que qualquer título. Parabéns ao Avaí
Abraços