O mundo da jabulani e o parceiro

A friaix que se abate nesta semana na Capital dos papa-siri não impede que o mundo dos negócios do futebol perca o calor. São combinações e transações pra lá, jogadores idos e vindos de um lugar a outro, são retornos pra cá.

Meu amigo André Tarnowsky está incomodado por que diz que caiu num furo. Não, não embaçou dentro de um bueiro. É que ele diz que as notícias dadas em seu blog eram falsas, mas que depois se revelaram verdadeiras, mas que nem poderiam ser assim, um rolo só! Não se incomode, meu velho, confiar na imprensa é uma roubada só!

O fato é que, como já levantei em outra postagem, o Avaí está mostrando um futebol digno de série A, com todos os elogios e ponderações a respeito de como se faz isso, como se faz bom futebol com baixo orçamento. E as revelações vão aparecendo e sendo negociadas, como quem sai às compras num atacadão de fim de semana.

Não é a ida do Rivaldo para um Palmeiras de Felipão que impressina pela forma como feito tudo, mas como estes jogadores, além dele o Caio, o Roberto, o Davi, o Robinho, Émerson, Renan, Marcinho Guerreiro, e tantos, e tantos, que vou acabar dando o time inteiro, não foram vistos ainda lá fora, no mundo da jabulani. Porque foi preciso virem jogar no Avaí e, aí sim, serem cobiçados como aquele doce de leite Mumu?

A palavra é: organização. Estamos organizados e isso ainda ninguém discutiu. Se um time de jogadores como estes fosse jogar num falido São Caetano, nitidamente um time de empreários, ou num acabado Grêmio, que desde que levou os nossos trairas ex-avaianos só vive de biquinhos e caras feias, certamente não iriam aparecer para o cenário nacional da maneira como estão agora. Os jogadores que jogam hoje no Avaí jogam futebol, um bom futebol, pois sabem que pelas costas há um respaldo, primeiro de uma diretoria, depois de um parceiro honesto.

Assim, quando me perguntam se estou preocupado, se o Avaí pode perder qualidade com a saida deles, se há um risco de cairmos na tabela, eu respondo um arrogante NÃO. Honestamente, não é esse troço de negociações com jogadores a coisa que nos levará aos mares intranquilos. Eu confio nessa gente, principalmente no nosso parceiro, o Luiz Alberto.

Muita gente o critica, diz bobagens e besterias sobre a sua conduta, mas é ele quem está resolvendo toda essa ingronha. E para o Avaí, diga-se.