Um palhaço de plantão

Vou usar o espaço Quinta-essência desta quinta, já habitualmente aproveitado para fazer graça, para falar de outra palhaçada estrelada na TV.

O jogo desta quarta-feira à noite, pela Sulamericana, no qual o Avaí foi classificado para a próxima fase, foi transmitido para a nossa cidade pela Band. O sessentão Luciano do Valle narrava e o ex-cobrador de escanteios Neto comentava. Não vi, pois estava no estádio, mas quem assistiu pela telinha informou que a dupla protagonizou momentos circenses na TV, tamanha a patetice apresentada.

Com a típica e auferida arrogância paulistana, ambos proferiram elásticos erros de identificação do Leão da Ilha, ou irrompiam frases e comentários infelizes acerca de nosso time. Numa dessas, o tal ex-cobrador de escanteios e atual devorador de pastéis chamou nosso time de Criciúma. Aliás, por duas vezes. Demonstrava um enfado, um aborrecimento, um tédio por haver descido da matriz, do eixo, e ter que comentar um jogo entre o poderoso Santos e um time aí, como é mesmo?, o Criciúma de Florianópolis. Esse aí, o time do Guga.

A rede gaucha de entretenimentos local, provavelmente, se dispôs em lágrimas, por alguém ter-lhe roubado, descarada e habilmente, o seu lugar de “porta-me lá” com as coisas de nossa terra.

Bem sabemos como foi a carreira desse ex-cobrador de escanteios, de um autêntico encrenqueiro a atual animador de torcida. Mas eu não sabia que a sua arrogância era tanta. Contudo, é uma figura apagada de meu conhecimento, e continuará. Aliás, sei selecionar muito bem qual alimento envio ao meu cérebro. O que me surpreende é que em determinadas épocas algumas pessoas levantam de seus túmulos existenciais e começam a achar que um deus lhes tenha dito: "mermão, desce a arrasa". Ou então, num belo dia, o sujeito acorda e auto-constata que era o espermatozóide mais espertinho "daquela" turma.

Eu é que não dou platéia a estas figuras.