A vontade de não ter vontade

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Gosto dos aforismos. Eles refletem, em poucas palavras, um conteúdo imenso. Um deles, de Fernando Pessoa, cabe muito bem nesse momento do Avaí: "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

E já dizia o ex-presidente norte-americano John Kennedy que a fórmula do fracasso é querer agradar a todos. A do sucesso, obviamente, é ser durão e pertinaz. É ter posições firmes. Ninguém é lembrado na história por ser “amiguinho de todos”, mas por posturas dignas e corretas. E honestas. E firmes.

Até Gandhi e Madre Tereza, exemplos de poços de bondades, tinham personalidades fortes e defendiam suas causas.

Por isso, no Avaí, é preciso que alguém defenda uma causa dura e impactante: jogar com dignidade. É só isso que basta. Não importa nem mais a vitória, mas honrar a camisa que veste, uma camisa que tem história. O calção sujo, o suor na pele. Jogar uma série A do campeonato brasileiro é para homens e não para alguns Zé ruelas que têm raivinha ou desprezo pelos companheiros, comandados por imbecis em camarotes e não no banco de reservas.

A época de palavras bonitas e doces, de rezas pra santas, de bombeiros, de resignações e de contemporizações acabou. É necessário que alguém diga que o jogo é jogado. E se alguém diz que “não”, que seja afastado.

Ao nosso ver, aos olhos daqueles que acompanham futebol como parte de suas vidas, alguém está querendo aparecer mais do que a instituição Avaí. Há gurus demais na Ressacada querendo uma placa, há outros querendo um lugar no hall da fama. Há alguns pára-quedistas que até ontem metiam o pé na porta, chamavam jogadores de mercenários e hoje posam de bons moços, “conselheiros qualificados”. Infelizes e escudeiros puxa-sacos.

Não queremos essa gente cuidando do Avaí. Queremos gente que tenha brio, que imponha respeito, que reproduza admiração pela personalidade de avaiano e não pelo carrão do ano. O Avaí que eu gosto, que eu aprendi a gostar não é esse. Isso que está aí é um fake, um arremedo, uma farsa, uma peça bufa de comédia.

Cuidado, Avaí Futebol Clube! Quem te ama foi afastado e não é sequer ouvido. Ficaram os oportunistas. E quem está querendo dar as cartas não quer a tua felicidade, mas o teu cofre.

3 comentários:

  1. Gerson Santos disse...:

    Tens visto o patrão por aí?

  1. Ele está num Congresso de patologia no Rio. Fica durante toda a semana toda e permanece para o jogo com o Vasco. Vocês não lêem o blog do assessor?

  1. Esse Avaí ...
    Pior, ou melhor, é que ele "faz coisas" ...
    Mas que está faltando comando isto parece latente. O comando que faltou para Cahmusca e que parecia ter sido recuperado pelo Delegado, mas ...
    Hoje pensei: Acho o futebol do Medina um pouco supervalorizado, mas será que ele não jogaria mais do que o Davi ali no meio?

Postar um comentário

Os comentários aqui postados sofrerão moderação. Anônimos serão deletados, sem dó, nem piedade.
Não serão aceitos comentários grosseiros com palavrões, xingamentos, denúncias, acusações inverídicas ou sem comprovação e bate-bocas.
Não pese a mão. A crítica deve ser educada e polida.

 
Força Azurra © 2011 | Designed by VPS Hosts, in collaboration with Call of Duty Modern Warfare 3, Jason Aldean Tour and Sister Act Tickets