Uma cidade pede socorro

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estamos há dias consternados, assombrados e pasmos diante da escalada de violência que assola o Rio de Janeiro, outrora chamada Cidade Maravilhosa. São cenas típicas de guerra civil, um quadro assustador, que transforma a Faixa de Gaza, ou o Iraque em playgrounds infantis. Assistimos, estupefatos, às pessoas andando com coletes à prova de balas, rastejando pelos cantos, escondidas. Os olhos são de medo. Terror.

Aulas foram canceladas. Comércios, fechados. As ruas daquela cidade sitiada pelo crime estão vazias. O cidadão do Rio de Janeiro, antes um bem humorado e brincalhão ser vivo deste país, está sem graça.

É o momento de as autoridades imporem limites a isso, através dos mecanismos que a sociedade, que rasteja com medo, lhes delegou. O crime não pode tomar de assalto, literalmente, a lei e a ordem.

É hora, também, de revermos certos princípios. O uso desmedido da violência para reverter nossas crises existenciais deve ser revisto. Devemos analisar até que ponto estamos convivendo com os diferentes, ou nos dirigindo para a barbárie.

Isso vale para aqueles que desejam baixar a borracha em torcedores, com o argumento estulto de que “se pagam, tem direitos”.

A civilização requer, acima de tudo, civilidade.

Que desarmemos os nossos “rios de janeiros” e “faixas de gaza” interiores também.

0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários aqui postados sofrerão moderação. Anônimos serão deletados, sem dó, nem piedade.
Não serão aceitos comentários grosseiros com palavrões, xingamentos, denúncias, acusações inverídicas ou sem comprovação e bate-bocas.
Não pese a mão. A crítica deve ser educada e polida.

 
Força Azurra © 2011 | Designed by VPS Hosts, in collaboration with Call of Duty Modern Warfare 3, Jason Aldean Tour and Sister Act Tickets