Paz de cemitério, ouvidos de mercador

quarta-feira, 2 de março de 2011

Quarta-feira, dia tradicional para o futebol, noite agradável e... cadê futebol? Bom, por enquanto o time do Avaí está azeitando o motor para (re) estrear no estadual, no próximo sábado. E, em vista disso, reina um marasmo, uma pasmaceira de dar sono.

As notícias que esquentam as prensas da mídia local são as hilariantes atitudes do pessoal doladelá. Nunca vi tanta patetada. E dizem que são os “caras do planejamento”, os tais, os que fazem e acontecem. Hãhã, sei, sei. Bom planejamento e bom marketing, pra mim, é aquele onde os bons resultados em campo acontecem. Fora disso, é arrancar pêlo de ovo com alicate. Não rola! A última agora foi a contratação do sub do Dunga, aquele que não fala palavrão, o que foi o grande treinador do... América do Rio e, recentemente, ajudou no rebaixamento do Goiás. Bom currículo!

Todavia, confesso que estou preocupado. Não com esse time colorido, cujo planejamento de resultados depende de outras variáveis. Estou agoniado é com o silêncio eloquente. Essa quietude me incomoda. Dizem que cabeça vazia é oficina do diabo. Com certeza alguém está maquinando algumas por aí. As declarações do Bobetti, o presidente deles, após a amarelada de domingo, são para se pôr milhões de sifonápteros atrás do pavilhão auricular.

Quero dizer que sou dos poucos que chama a atenção para a indecência que são os apitadores em Santa Catarina, comandados por um outro mais indecente ainda, o tal de Delfim. E também para a podridão da nossa mídia, leviana e rastaquera. Vez por outra dizem que sou adepto da Teoria da Conspiração, mas até estes que me acusaram já estão se preocupando também. Pudera, uma hora alguém teria que abrir os olhos. Todos sabem o que tem debaixo desse tapete. Já foi revelado na internet em entrevistas dadas em um canal de TV. A mídia sabe, os dirigentes sabem, os torcedores sabem. Só não querem limpar a sujeira pra não dar o gostinho de mexer em seus interesses. Mas isso vai aparecendo, com calma, paciência, perseverança... E um dia a barraquinha desmonta.

Como tenho quase 50 anos e conheço futebol desde que tomava mingau, risos fáceis e tapinhas nas costas não me convencem. Postulados harvadianos de como administar, muito menos. Teoremas e teses de bancos de escola pior ainda. Nem declarações cheias de propriedade atentando para o bom-mocismo e destilando pura desonestidade intelectual. Por isso, estou de olho vivo. Um campeonato não se decide apenas no campo, mas, principalmente, dentro de paredes refrigeradas e, de preferência, à beira-mar, em reuniões regadas a charutos, black labels e quitutes.

A recente crise do futebol brasileiro está expondo todas as feridas e erisipelas desse troço.

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