Armazém de boatos

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perguntas nunca são inconvenientes. Perguntar não ofende. Perguntar faz parte daquela nossa condição humana, a curiosidade, que nos faz ser racionais e dotados de capacidade criativa. Porém, o que pode ser inconveniente são as respostas. E, dependendo do que vier, mais perguntas serão feitas. Ou não! Então, seria de se fazer uma pergunta tentadora, daquelas de encerrar entrevistas: qual seria a inconveniência de se esclarecer determinados assuntos?

Faço esse introdutório para tentar compreender uma coisa, que me deixa com sifonápteros atrás do pavilhão auricular. Afinal, o que fazia o Sr. Fabio Araujo na Ressacada?

Sabemos que a mídia da Capital tem um quê negativo para o Avaí. Alguns tansos ainda apostam naquele papo bobalóide de teoria da conspiração, quando se tenta falar dela. Contudo, sabidamente, o trato é diferente. Então, seria de se presumir que, muitas vezes, a omissão é interessante.

Mas há alguns jornalistas investigativos por aí, alguns até muito bons. Já descobriram as fraudes do sistema de multas implantados nas ruas e estradas, por exemplo. Recentemente a prefeitura da Capital quis montar uma árvore para o Natal e até um seu secretário foi demitido, face às matérias levantadas pelos repórteres e repercutidas na opinião pública. Descobrem-se casos e coisas as mais diversas, bastando o sujeito fazer as perguntas certas e seguir uma linha de raciocínio lógico.

Apesar de a rede de chupadores de bomba, a que detém maior audiência, ter alguns ineptos em seus quadros, diversos jornalistas por ali fazem jus à profissão. Por que, então, não se fez uma matéria, ou mesmo investigação a respeito do sujeito acima? Qual a razão de tantas nuvens e fumaças? Veio, viu, e não venceu? É isso? Eu não me faço de ingênuo, evidentemente, mas certas coisas tem a necessidade de estar às claras. Até porque estamos tratando de um time de futebol representante de um Estado Brasileiro na série A do futebol profissional do país. Não é o Vilhena e nem o Ibis. Não é o glorioso Avante da Cachoeira, nem o poderoso Canto do Rio do Ribeirão. É o Avaí, meu pombo!

O referido cidadão deu uma entrevista alegando que foi mal interpretado, que suas manifestações no tuidir (é assim que os americanos pronunciam, tolinho!) não condiziam com o que se levantou como hipótese. Supõe-se, dessa maneira, que tenha sido demitido sem justa causa. O que faria, então, um bom jornalista? Perguntaria qual seria a sua atividade no Avaí e qual teria sido o motivo de sua demissão. Ganharia um Politzer pela matéria? Acho que não, mas ao menos aproveitaria a ocasião e deixava muitas coisas às claras.

Como a sua relação com o Gabriel Zunino, por exemplo. Gabriel é meu amigo, o conheço desde guri, é uma figura simpática, agradável no papo e de boa índole. Particularmente eu não tenho nada a duvidar dele. Mas ele ainda não revelou o que faz dentro do Avaí. Muitas coisas foram ditas, desde o ano passado a seu respeito. Nesse caso, marcaria um gol de letra se viesse a público e esclarecesse sua atividade. E aproveitaria para fechar o armazém de boatos que se instala nos corredores da Ressacada. Do jeito que está, sua existência fica obscura, às sombras, ninguém sabe, ninguém viu.

Como já disse o grande filósofo contemporâneo Luciano Huck, do Caldeirão, “todas as pessoas são iguais, só tem grana diferente”.

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