Casamento com a torcida

Enquanto ocorrem as festas de boçalidades do casamento na Inglaterra, entre o Príncipe Shrek e a Lady Fiona Kate, por aqui nas terras de I-Jurere-Mirim a torcida do Leão finalmente fez as pazes com sua paixão. E não podia ser diferente, afinal esta torcida é motivada a sempre estar ao lado do Avaí. Já disseram que é uma maré azul quando o estádio está lotado. Uma verdadeira religião.


E quando digo que finalmente fez as pazes é pela razão de, ultimamente, estarmos amuados e de cara amarrada, diante das incertezas que foram apresentadas neste começo de ano. Obviamente, por parte de quem deveria ser mais complascente com a torcida, isso custou a vir. As coisas que poderiam ser mais simples foram tornadas complicadas. Apostou-se nas dificuldades para, quem sabe, dar um gostinho mais saboroso no final. Sei lá, parece que esse é o enredo do Avaí, insistentemente, um renascer das cinzas que o torna diferente de todos os outros clubes de Santa Catarina.

O técnico do Avaí parece querer fazer o óbvio o que, naturalmente, o tornará campeão. Finalmente se rendeu àquilo que a torcida tanto queria. Deixando a sua teimosia de lado, só tem a ganhar. Como já disse, no futebol não existem invenções, mistérios e nem milagres, basta apenas e simplesmente se fazer o simples que as coisas se resolvem. É redundante, mas sempre é bom lembrar.

A direção do Avaí, depois de haver tropeçado nas próprias pernas, ao que parece está ajustando a máquina. E com salvas de tiros se comemora a iniciativa de ajudar e promover a ida de torcedores até Chapecó. É desse jeito que se conseguem vitórias e não cada um para o seu lado.

Portanto, este domingo parece estar reservando um espetáculo sem precedentes, uma verdadeira decisão antecipada.

A única coisa que me preocupa é a Copa do Brasil. Sinto o cheiro de bastidores sendo arrumados para tirar o primo pobre do sapato dos grandes. Não é o foco para o momento, para seria muito bom estarmos atentos.