O dia de hoje nos reservará coisas que poderão ficar marcadas na história de nosso clube. Poderemos encaminhar uma classificação para disputar um título estadual pela terceira vez seguida. É um feito raro em terras catarinenses, cujo futebol é tido como um dos mais equilibrados do país. E o Avaí poderá ser capaz de firmar seu nome nos arquivos deste campeonato.
É desnecessário, mais uma vez, dizer o quanto começamos errados. Um planejamento equivocado quase nos envergonhou. Ficamos dependentes de falastrões e bufões para encaminhar nossa trajetória. Vimos coisas que não ocorrem mais nem em torneios de ligas amadoras. Nem nas peladinhas de fim de semana, entre casados e solteiros, tivemos tanta pantomima para um clube como o Avaí.
Porém, chegamos.
E se chegamos a esta decisão isto não pode ser creditado à obra e responsabilidade do treinador do Avaí, unicamente. Não, de jeito algum. Ele é uma peça e não o motor. E uma peça recauchutada, diga-se.
Quando Silas chegou ao Avaí pela primeira vez narizes torceram-se pela sua vinda. Ninguém o conhecia. Foi conquistando espaço e dignidade pela sua postura. Ele é um homem de personalidade forte e índole ilibada, é preciso que se diga isso. Obteve êxito graças a essa condição. Os avaianos conheceram um homem de fibra. Mas, também, o sucesso naqueles anos de 2008 e 2009 deveu-se ao bom time que foi montado.
Contudo, Silas fracassou no primeiro ano ao empatar com o Criciúma em casa. Conseguiu, logo depois, o acesso junto ao bom time, mas no Brasileirão do ano seguinte precisou ser empurrado para que a coisa desse certo. Foi para outros clubes, não se firmou, conseguiu o óbvio e voltou, cheio de marra e arrogância, que já havia revelado fora daqui quando cuspiu no prato que comeu.
O time que punha em campo neste ano de sua volta jogava um futebol medíocre. Claro que não teve culpa na montagem do elenco e teve que jogar com o que tinha. Qualquer sujeito com ao menos dois neurônios sabe disso. Porém, demonstrou estar sem muita inspiração e assumiu sua reconhecida teimosia. Fomos caindo pelas tabelas com uma desculpa esfarrapada, a de que “se estava construindo um time”.
Até que ele precisou entender o que era o Avaí. É, Silas entendeu o que era o Avaí naquele jogo contra o Botafogo.
Silas sentiu o bafo na nuca da torcida mais fanática desse Estado. Aquele ventinho que bafeja ali, nos sagrados parapeitos do Setor A. Um local que já existia no velho Adolfo Konder e que nenhum metido pode acabar. Aquilo é um espaço sacramentado. Silas soube que para um avaiano, aquele que enfrenta filas, toma chuva, arrepia-se em frio siberiano, se escalda em sóis saáricos, paga ingressos europeus, reclama, mas não falta à Ressacada, não basta ganhar ou perder um jogo, mas jogar como um avaiano. Jogar como se fossem torcedores em campo. Jogar como um Marquinhos, que briga e estabefa pelo Avaí, da mesma forma que joga e faz gols. Silas entendeu isso e pôs em campo o time dos avaianos. E, ao que parece, o mesmo ocorrerá hoje, em Chapecó.
O Avaí fará história nesse domingo, com Silas, Marquinhos, William e todos os avaianos, mostrando que para jogar um campeonato há que se ter a participação da torcida, da direção e do time. Ou são todos no mesmo barco ou não será ninguém. O Avaí poderá ser campeão do turno e pode disputar o seu tri-campeonato. Ou não! Mas que ninguém, nunca, jamais e em momento algum esqueça e duvide da força e da história deste clube, que nas horas decisivas se une.
A história vai conhecer um verdadeiro clube campeão, seja qual resultado houver.
O dia do melhor ano para o resto de nossas vidas
4 comentários:
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Estou repetindo minha receita prá hoje:
SOBREMESA AZUL
Fórmula:
Coloque 11 jogadores,
acrescente qualidade,
raça,
determinação,
até formar um time aguerrido.
Misture tudo com a camisa 12,
vibrando,
empurrando o time,
formando um só coração.
Resultado: Uma deliciosa vitória Azurra
a ser saboreada no domingo!
VAMO VAMO AVAÍ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-
Rica, concordo com tudo. E tem mais, é bom que se diga que o Avaí chegou na final e não um ou outro.
-
Dinho, bela receita. Vamos nos empanturrar.
Só faltou a champagne para o brinde final.
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ALEXANDRE..., AQUILO QUE COMEÇOU TOTALMENTE ERRADO, EM TUDO, DIGA-SE DE PASSAGEM NESTE ANO DE 2011 PARA O NOSSO QUERIDO AVAÍ, PODERÁ HOJE COMEÇAR A TER UM FINAL FELIZ. PODERÁ COMEÇAR, SIM. AINDA NÃO SEREMOS TRI., PORÉM, SERÁ MAIS DE MEIO CAMINHO ANDADO. LEVANTAREMOS A TAÇA DO RETURNO, JÁ ESTAREMOS NA COPA DO BRASIL/2012, E EM DOIS JOGOS DECIDIREMOS NOSSA "SORTE" NO TRICAMPEONATO ESTADUAL. EM OUTRAS OPORTUNIDADES JÁ HAVIA DITO QUE TEMOS QUE TER A HEGEMONIA DO FUTEBOL CATARINENSE. AGORA, FUTEBOL É FUTEBOL E TUDO PODERÁ OCORRER. QUE NOSSOS ATLETAS ESPECIALMENTE HOJE EM CHAPECÓ, TENHAM -GARRA-LUTA E SEJAM MUITO DETERMINADOS, TENHAM ATITUDE E CORAGEM EM CAMPO DE JOGO PARA TRAZER PARA A CAPITAL DO ESTADO, PARA A ILHA DE SANTA CATARINA, PARA SUA GRANDE E FERVOROSA TORCIDA O "CANECO" DO SEGUNDO TURNO E A VAGA PARA DISPUTAR COM O TIME DO SUL DO ESTADO MAIS UM CAMPEONATO ESTADUAL.
RICA - JRCÂMARA.