Quando 2 + 2 não são igual a 4

Tenho observado um sorriso, embora meio lacônico, da torcida do Avaí a respeito das tais mudanças propostas pelo treinador-pedreiro. Dizem os mais efusivos que ao mudarmos de um 8-0-2 (sim, é o que estávamos jogando!) para um conservador 4-4-2, poderemos ter sucesso.

Duvido!

Bom, claro, antes preciso dizer que já joguei a toalha há muito tempo. Desde lá dos tempos do Benazzi. Não via neste grupo, como ainda agora, qualquer possibilidade de sucesso. Há muita vaidade, muito nhénhénhém, muita pantomima, tanto dentro como fora de campo, e é isso o que as pessoas vão começar a constatar tão logo acabe esse martírio. Mas isso é outra conversa.

A disposição do time, hoje, será um 3-3-1-2-1, ou algo parecido (e depois me cobrem se não será assim), ou seja, mais uma formação burra, pois prestigiará a marcação ferrolhenta do pastor-treineiro, ao invés de partir para o ataque em cima de um time caindo pelas tabelas. Ah, a propósito, tu aí não gostas que se enfatize que ele é evangélico. Ó, que peninha! Pois ele é, não te disseram. E isso pode não ser razão de sucesso ou derrota, mas quando é evidenciado ao extremo, como é feito no Avaí, a gente se incomoda.

A minha bronca, em todos estes quatro meses, é pela falta de se aproveitar oportunidades, por pura e absurda teimosia. Pelas birras, tanto do alto escalão, como do baixo clero. Haveria, neste ano, uma chance de se trazer a torcida para dentro do estádio. E de se aproveitar um elenco qualificado para jogar futebol. Não se fez o óbvio, o trivial, não houve entradas e saídas. Apenas manutenção do pecado original, sem acatamento das incorreções, por pura birra. Para não passar atestado de incompetência.

O resultado? Bom, eu estou de container cheio de falar a mesma coisa. Eu vou continuar torcendo para o Avaí ser campeão? Claro que sim. E que, ao final, dizer que falei um monte de besteiras e que não era nada daquilo. Mas, tá difícil. Quem viver, verá!