A balança do futebol

terça-feira, 3 de maio de 2011

Escrevi este texto (Quanto vale um título?), explicitando minha preocupação, ao final, pelos bastidores da Copa do Brasil. Não vou apelar para teorias conspiratórias, não sou adepto disso. Mas, no mundo civilizado, a balança é um instrumento dos mais fortes. Nunca pende para o lado mais fraco, seja em qualquer atividade humana. Estou para ver uma decisão jurídica onde um magnata, dono de Ferraris e Jaguares, perca para um proprietário de um fusquinha.


Como o futebol é a expressão da sociedade em que vivemos, quanto mais perversa, mais isso respinga no esporte bretão, e mais ainda ele é desacreditado. Fazemos parte, nos envolvemos, mas no fundo, temos a exata noção do quanto o futebol é podre e desanimador. Em vista disso, sou obrigado, diante das circunstâncias, a imaginar que passaram uma rasteira proposital no Avaí.

Ora, quem acompanha esse negócio que é o futebol há anos sabe que é um poço de interesses. Há muito dinheiro em jogo, muitos contratos, muitas tendências e oferecimentos. Muita gente graúda tem o controle da balança.

Ah, então tu estás criticando o resultado do tribunal? Sim, estou. Porque ninguém vai me convencer que o Loco Abreu, aliás, Santinho Abreu a partir de agora, não teve a pena abrandada por ser exatamente atleta do Botafogo. E que Marquinhos Santos, por haver se defendido e tomado a suspensão que tomou não foi em virtude de ser atleta do Avaí. E que, o próximo adversário do Avaí tem os seus interesses em jogo.

Quem acredita que aquela decisão foi séria pode também acreditar que o homem não foi à Lua, que Elvis não morreu, que Kennedy mora numa ilha do Caribe e que Papai Noel vive na Laponia.
É por essa razão que vejo a conquista da Copa do Brasil como uma obrigação. É necessário ostentarmos títulos nobres daqui por diante. Para que, numa decisão de tribunal futura os loucos varridos não sejam mais fiéis de balanças.

7 comentários:

  1. Aninha Bona disse...:

    Exatamente, só com títulos expressivos, e poderíamos começar com a copa do brasil, poderemos ser respeitados nacionalmente. É triste ver torcedores do SP desdenhando nosso time, como se não valessemos nada.

  1. Unknown disse...:

    Grande texto Alexandre, mas infelizmente nós mesmo nos fazemos diminuidos em relação aos adversários. Esta se tornando chato e as vezes me pega a pensar em como sou "chato" em criticar o time que amo. Mas o que não consigo admitir é que profissionais que estão trabalhando no clube tentem me enganar e querer que eu enxergue uma coisa que não é. Não tenho nada contra a pessoa do nosso treinador até mesmo porque nem o conheço pessoalmente, porém seus resultados em se tratando de Catarinense são pífios. Amanhã em São Paulo certamente teremos postura de time pequeno, tornando o "monstro" muito maior do que é. Quero dizer que não adianta pensarmos grande se as pessoas que trabalham diretamente no clube não pensam assim. Não que eu exija vitória amanhã contra o São Paulo porque também não sou tão ingênuo assim, porém gostaria de ver pelo menos o time com postura de vencedor que não consigo ver a tempos... Um grande abraço.

  1. Aninha, a mudança deve ser estética e de comportamento.
    Estética no sentido de darmos uma cara de gente grande, nos impormos como grande no visual, no jeito de mostrar nossas cores, nosso time.
    E de comportamento é a torcida se achr grande. Não soberba, mas postar-se como torcedor de time grande.

  1. Rodrigão, o que escrevi aí para a Aninha cabe também na tua ótima análise.
    Agora, a tua última frase ainda tem aquilo de torcida de time pequeno. Não é ingenuidade alguma exigir vitória contra o São Paulo no Morumbi. Ingenuidade é ir para lá já achando que vai perder. Intendessi?

  1. Unknown disse...:

    Caro Alexandre talvez eu tenha sido mal interpretado porque também não acho ser coisa de outro mundo ganhar lá em São Paulo, mas o que eu gostaria é de ver um time valente, sem medo e sem temer o adversário. Eu sempre falo que perder, empatar e ganhar faz parte do jogo. Porém o que me irrita é o jeito que as vezes se ganha, se empata ou se perde. Mas vamos acreditar que "esse AVAI faz coza", um grande abraço amigo.

  1. Anônimo disse...:

    temos que colocar uma coisa na cabeça (nós torcedores, diretoria, técnico e jogadores): estamos a 3 anos na série "A", portanto temos que jogar de igual prá igual contra qualquer time, mesmo desfalcados, longe de casa, temos que pensar "alto", esse lance de time pequeno já era, a muito tempo se foi... Podemos vencer sim, porque não? Não se trata de milagre, de utopia o que escrevi, mas é realidade, e quem não acreditar que nesses 180 min que temos para nos classificar, então que mude de time. Eu sou Avaiano nato, e acredito sempre!

  1. Anônimo disse...:

    O COMENTÁRIO, DIGA-SE DE PASSAGEM O CORRETO COMENTÁRIO DIZ TUDO. GOSTO MUITO DE CITAÇÕES. E QUANDO SE TRATA, PRINCIPALMENTE, DE FUTEBOL, =JÁ-JÁ= IRÁ SE TORNAR UMA DAS MAIORES OU QUEM SABE A MAIOR INDÚSTRIA MUNDIAL DE NEGÓCIOS E NEGOCIATAS. INTERESSES "MIL" EM JOGO, MUITA, MAIS MUITA GRANA, DESTA FORMA (ATÉ ACONTECE), É MUITO DIFÍCIL UM PEQUENO, SEM EXPRESSÃO, FRACO DAS PERNAS, SEM TÍTULOS IMPORTANTES, SEM GRANA, LEVAR DE PASSAGEM UM GRANDE, UM PODEROSO, UM RICO.
    DAÍ A CITAÇÃO: "NÃO ADIANTA DAR MURRO EM PONTA DE FACA". SPFC É A PONTA DA FACA E O NOSSO QUERIDO AVAÍ DANDO MURRO.

    RICA - JÚLIO RICHARD CÂMARA.

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