A camisa da discórdia

Tenho ouvido e lido de parte da torcida avaiana que a camisa nova possui senões. Tem até apostas de quem vê mais erros. E a coisa se repete como há muito tempo: parte da torcida avaiana gosta de grife e não se fala mais nisso. Essa é a verdade. É aquele troço do velho Nelson Rodrigues: é nosso, não gosto. Nem vi e também não gostei, pois se é nosso não presta.

Minha formação é de outra área, não a de marketing. Não fiz curso de costureira e nem de carnavalesco. Não sou talhado para a alta costura. Portanto, sou pouco afeito a dar opinião sobre as camisas do ponto de vista estético. Os especialistas que se arvorem.

É possível que as novas camisas do Avaí possuam cerzidos e pregas que não estão ao gosto de alguns. Que a gola pinique no pescoço. Que a cor dos meiões não combine com a das listras (LISTRAS, HEIN!). Que o escudo não esteja assim milimetricamente alinhado com o logotipo do patrocinador. É claro que sim. Porém, é nosso. É da terra. Estamos meio que inventando a roda. E é a camisa do Avaí, o nosso manto sagrado, um símbolo de respeito para a nossa torcida. Se não é assim uma camisa que não represente todo o nosso patrimônio, que ao menos façamos as devidas reverências. Todos, sim, senhor.

Eu, particularmente, sou um crítico do Mar Quetingui avaiano, pois podíamos muito mais do que há. Mas, tenho que reconhecer, eles querem acertar. Eles estão tentando. Sei que há gente ali fazendo das tripas coração para dar um UP à marca avaiana. Deram até algumas camisas, de presetne, para o pessoal da rede famosa. Prova de querem acertar, não é legal isso?

É bem provável que essa seja a razão de não se ter encontrado material nas lojas. Mas isso é um outro assunto.