A fofoca malandra

O ilhéu, nativo de Floripa, adora uma fofoca. Gosta de saber da vida dos outros tanto quanto difundir “notícias”. A expressão “He, não sabes da maior” é tipicamente falada por dez entre dez manezinhos autênticos. E principalmente quando está próximo de muitas pessoas. O ilhéu, com seu jeito gozador e cínico, adora ser o centro da festa e o dono da “última”.


Por isso, nesta terra de casos e ocasos raros, fazer uma fofoca, divulgar um fato, contar uma, não nos surpreende como nativos. Isso faz parte de nossa cultura. Na beira da praia, com uma tarrafa na mão, esperando uma tainha desavisada, ou aquele camarão tanso cair em suas malhas, o ilhéu se diverte e vive a vida, contando e aprontando.

O problema é quando isso se torna um caso profissional. Quando o fofoqueiro tem pedigree e diploma. Posa de entendido e faz pouco da crítica.

É o que está acontecendo com os tais profissionais (??) da rede de chupadores de bomba, a mais famosa do Sul do país. Pois não contentes com a atual campanha do Avaí, ressentidos que só eles, haja vista que seu time preferido não está na manchetes e vive em férias forçadas, dadas exatamente pelo seu maior rival, agora deram de abusar da fofocagem rastaqüera.

Passam os dias e as horas matutando qual será a notícia, a fofoca, ou o boato mais terrível que possam arrumar no sentido de criar um clima desfavorável na Ressacada. Mesmo que seja uma tremenda mentira, ou uma verdade de botequim, não importa. O negócio é contar uma. Mas sem tarrafa e nem tainha incauta. É na base do profissionalismo conjuminado à mutretagem. Eu chamaria de falta de caráter, mas como meu blog e meus escritos estão sob censura, prefiro chamar de desvio de conduta. É mais chique.

E dei-lhe inventar contratações de nossos jogadores. Deosolivre, o!