Os ventos para o Avaí

sábado, 28 de maio de 2011

Depois daquele caminhão carregado de tijolos que nos abalroou na quarta-feira, muita coisa tenho lido e ouvido a respeito de nossa campanha em 2011, seja a do catarinense ou da Copa do Brasil. Não dá para alavancar uma comparação, mas poderíamos ter feito mais, essa é a verdade, e sabemos que o nosso time é bem melhor do que os campeonatos que jogamos até agora. Quem diz ao contrário, me desculpe, vá assistir um clássico de curling entre Suécia e Dinamarca.

Chego à conclusão, por isso, que a série A está fazendo muito bem ao Avaí. À torcida, ao time, aos diretores e às diretoras, aos funcionários, ao clube como um todo e à mídia, em geral. Estamos formando uma massa crítica, estamos fundamentando nossos conceitos. E as máscaras estão caindo, uma a uma, sem compaixão.


O ano que imaginamos ser o ano do Avaí era o de 2010, o ano da consolidação, mas pelas coisas que nos vêm acontecendo até agora, este ano de 2011 está marcado pela maturidade. Estamos amadurecidos, do pior jeito e da mais carrancuda maneira possível. Saimos de um sonho e despencamos numa realidade. E ela tem uma cara feia. Mas é assim que se aprende.

Durante alguns anos, engordamos nossa resistência e nos tornamos bravos. Não só a torcida se tornou maior e melhor, mas o Avaí como um todo cresceu. E estamos mais críticos e mais exigentes, porém, ao mesmo tempo, mais compreensivos. O avaiano, de um modo geral, sabe o que quer, abandonou aquele complexo de vira-latas, de se esconder pelos cantos face a uma auto-estima achincalhada, e hoje se impõe. Tanto é verdade que algumas posturas estão sendo expostas e certos posicionamentos já são até alvo de ações judiciais. Vê se pode?

Desde o presidente do clube até o funcionário mais humilde, do torcedor de camarote àquele que não pode pagar um mísero ingresso para ver sua paixão azul em campo, todos sabemos o que queremos e aonde podemos ir, quais as possibilidades de conquistas e quanto disso servirá para nos mantermos num campeonato. Isso é pensar pequeno? Não, é ser realista. Isso que está aí é o que podemos.

Exigimos o máximo do time em campo, mas sabemos de suas capacidades e limitações e não nos abatemos por uma sorte menos gloriosa. Dói, mas passa. Não somos mais enganados e não sonhamos como vetustos inconformados pelo inalcançável. Nos tornamos até abusados, mas a vida real logo nos vêm à face. É o que basta.

Uma frase que pesquei por aí, que cabe nessa história de bom ou mal planejamento da vida do Avaí: “quem não sabe aonde quer chegar, nenhum vento sopra a favor.” O Avaí parece que sabe, já tem definido o seu destino e chegará lá. Os ventos nos são contrários, como sempre em nossa história, mas ainda assim, o Avaí Futebol Clube está recomeçando sua caminhada.

E que, a partir de hoje, acerte o passo.

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