Aprendendo a escrever na areia

domingo, 19 de junho de 2011

Já havia dito para a nossa amiga Gi Severo, lá no blog do André, que parecemos crianças tentando morder um favo de mel: o mel é muito doce, mas estamos atentos às abelhas. Assim é o torcedor, uma porção de indignação e impropérios com um coração cercado de bondade por todos os lados. Basta o time de nosso coração vencer. E convencer. Pronto! Voltamos ao pão de ló.

Claro que na atual fase o Avaí não tem ganhado absolutamente coisa alguma. E nem jogado bem. Torcemos não para um time, mas para um amontoado de esforçados, alguns tão gordos que não conseguem sair do chão, sem explosão muscular, que foram (mal) treinados por alguém que não tinha convicção de ganhar, apenas de manter os amiguinhos da religião ao lado. O resultado é isto que está aí.

A apatia do torcedor no estádio neste últimos seis meses, entremeada com momentos de alguma esperança, revela um mal-estar indescritível. A sensação de queda absoluta e arrasadora. Ninguém gosta de passar por isso e, além de tudo, sentir-se impotente.

Porém, bastaram mudanças e palavras mais endurecidas ao elenco avaiano, a percepção de que o time precisa treinar e a volta de gente que foi vitoriosa na administração do futebol do clube, que todo um horizonte se abriu. Pela motivação da torcida, parece que nossa situação no campeonato é excelente e que vamos fazer mais um joguinho, vamos apenas cumprir tabela. Que beleza!

Todavia, nem tudo foi explicado. E a principal explicação que ser quer, além de mais algumas, é: por que se deixou chegar a isso?

Entretanto, por mais que cuidemos das abelhas, das picadas doloridas, sabemos que é assim mesmo, sim, senhor. Somos belos escritores de areia da beira da praia. A onda vem e apaga tudo, coisa que faz a felicidade de muita gente.

Só não se esqueçam, aqueles da colméia, que nem sempre o mel adoça a todos. E que a praia calma e mansa pode ser sinal de tempestades próximas.

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