Dificuldades que nos ensinam

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Disse certa vez o presidente Abraham Lincoln, que devemos “tratar bem dos nossos, mas sem mimá-los, pois só o teste de fogo faz o verdadeiro aço.” A gente aprende é na rudeza da vida e não no pãozinho com mel.

Diferente do pessimismo exagerado vou optar por vislumbrar coisas boas daqui pra frente. Mas sem tapinhas nas costas ou paparicos corruptores. Até porque não dá mais pra chegar ao fundo e reclamar da fase. Pior do que está não fica. Batemos com a bunda no chão e de agora em diante só nos resta subir. Temos até o final do ano para sair dessa. Agarrar-se a isso é o que nos cabe como torcedores.

A propósito, o pessimismo é muito cômodo e oportunista. Basta apontar os erros e bater sem dó e, quando a coisa der certo lá na frente, o gajo ou pede desculpas pelo erro de avaliação ou vem com a conversa de que se não fossem suas críticas a coisa não andaria. Prefiro, ao contrário, dizer que há erros, mas que podem ser corrigidos. Basta que se tenha vontade. Basta que se queira que o esforço volte a ser focado no Avaí e não em vaidades pessoais.

Não espero milagres, quero é trabalho. Principalmente da diretoria avaiana, que é quem pôs o Avaí nesta situação, evidentemente. Ninguém pode reclamar da sorte, ou de arranjos mal ensaiados. Houve erros grosseiros de montagem do elenco e na permanência de um técnico fraco, que se não fossem os domadores de camelo terem apostado em suas pregações, certamente a nossa sorte poderia ser ainda mais cruel.

Que ninguém se engane, mas o Avaí, na atual conjuntura do campeonato brasileiro e por sua realidade, não poderia estar com vida fácil. Como já havia apontado nesta postagem, Sem títulos nacionais, seremos por um bom tempo coadjuvantes e fornecedores de matéria-prima para os outros. As disputas neste campeonato, para nós, serão sofridas por um bom tempo. E não adianta alguém dizer que se fosse pra passar vexame preferia ficar na série B, pois assim que o time, se por acaso estiver rebaixado, começar a disputar novamente uma vaga para acesso, estes que hoje jogam pedras e ameaçam abandonar o barco , voltarão com o coração em frangalhos e lágrimas rolando pela face. Gritarão “Avaí, meu Avaí”, como se nunca tivessem se afastado da Ressacada. Torcedor é assim, de uma bipolaridade sublime .

Vide as faixas recentes de Zunino Eterno para quem ainda a pouco queria um Fora Zunino.
Eu, que já vi diversas vezes as mesmas manifestações, prefiro apenas dizer que tenhamos calma. É sofrido, é dolorido, é de f... a paciência de qualquer um que ame este clube, mas uma hora isto se resolve. De uma maneira ou de outra teremos outros momentos de alegrias.

De uma coisa tenho absoluta certeza: a Ressacada é o local onde os fracos não tem vez. Aquele lugar é para quem tem nervos de aço e não para quem sai no intervalo, quando a coisa está ficando preta, ou só aparece por lá quando a maré está alta. Assim é fácil ser torcedor.

4 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Concordo plenamente Aguiar, até discuti no sábado com um desses torcedores de pijama, de promoção. Não é hora de abandonar o barco, eu também estou decepcionado com time, direção, etc.. mas estou mais decepcionado é com a atitude de certos "torcedores", como no sábado, saindo bem antes de terminar o jogo...? O que é isso? Isso é amor ao clube? Então se for prá vaiar, sair mais cedo, que nem vá ao campo, fique em casa ouvindo e babando ovo pro agourento Miguelzinho... Ah, vão se catar!!!! Torcedor de verdade, mesmo sabendo que a a situação tá ruim, deve ir ao estádio, apoiar, fazer a sua parte. Cobrar sim, reinvidicar um clube melhor, mas não abandonar o barco! Jamais!!!

  1. Anônimo disse...:

    a culpa da situação não é dos torcedores, mais sim de jogador que chega descendo dos ceus jurando amor eterno e troca de balança por trinta moedas ede treinador mau-carater ,e de presidente que larga tudo e entregs para quadrilha. Tasso

  1. Dinho, a questão é essa mesma. Não dá para abandonar e só voltar na boa.

  1. Meu caro Tasso, na verdade existe uma série de culpados. Talvez a parte que cabe ao torcedor seja a menor, pois na maioria das vezes é levado a reboque.
    Mas que temos torcedorezinhos chatinhos, ah, isso tem.

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