A lanterna dos aloprados

terça-feira, 28 de junho de 2011

Confesso que não tenho mais palavras para descrever a situação do Avaí. Tudo o que já foi dito não foi ouvido e tudo o que apontávamos está ocorrendo. Não existe nada de novo e nada irreal, é a mais pura constatação daquilo que estava prestes a ocorrer.
Claro que as soluções são óbvias e evidentes. Qualquer pessoa destituída de interesses, que não sejam o melhor para o Avaí, e que preze pelo bom senso, sabe o que fazer. Até a querida Gorete dos Carianos sabe o que deve ser feito. Ninguém duvida que o projeto do Avaí, neste ano, foi um completo fracasso, mas ainda dá tempo de corrigir alguns erros cometidos, algumas falsas promessas, alguns desatinos inconsequentes. Não existe rumo sem destino e nem caminho sem volta.
E não pense algum tolo que não sinto dor ao constatar isso. Como já revelei em meu perfil, meu coração é avaiano desde que Pedro Álvares Cabral andava de fraldas. Já chorei por quedas portentosas e já ri por ápices astronômicos. O Avaí caminhou com glórias passo a passo, gota a gota, nestes seus 88 anos enchendo de honra e orgulho a terra dos catarinenses. O Avaí, nestes últimos tempos, cresceu vertiginosamente no cenário nacional, sendo referência por onde passa. O Avaí tem uma história que precisa ser respeitada.
Mas o Avaí não pode ser balão de ensaio para moleques irresponsáveis ou para senhores sem eira, nem beira. O crescimento do Avaí tem que ser para os avaianos, que isso fique bem claro. Não se pode mais admitir gente afogada em vaidades ou pretensões experimentais, cujos ranços pelos erros apontados fazem cada vez mais o mais querido clube de Santa Catarina naufragar em discutíveis práticas administrativas.
Todavia, seria elementar e natural chutar o cachorro que agoniza. Hoje, muita gente aposta no quanto pior, melhor. Agora, neste instante, está se adivinhando em qual rodada o Avaí sacramentará sua queda. Até gente dentro dos camarotes refrigerados da Ressacada faz sua fezinha neste quadro dramático.
Eu, não!
Não serei o único, obviamente, mas não vou jogar a toalha. Não agora. Eu aposto no Avaí e sei que essa situação pode ser revertida. É preciso que as pessoas sem credibilidade passem a apostar nelas mesmas, e no que podem fazer. E há ainda muito que fazer.
Toda a crise gera uma oportunidade. Sem ranços e sem vícios. Até nas mais dantescas hecatombes ou nos mais dramáticos cataclismos se pode reverter a situação, desde que haja interesse. É o que eu espero que aconteça no Avaí. E isso tem que ser feito pelas pessoas que o colocaram nesta situação. É hora de responsabilidades e de mangas arregaçadas. Sejam homens o suficiente para tirar o Avaí disso tudo. Até para que suas biografias terminem com a dignidade com que entraram no Avaí. Que não a maculem com manchas sórdidas.
Do lado de cá estarei sempre na Ressacada apoiando, lamentando, me indignando, mas, antes de tudo, nunca deixando o meu Avaí na mão. É o melhor que posso fazer como torcedor. Do lado de lá, espero que tenham vergonha e coragem, e façam o que deve ser feito pelo Avaí. É a única coisa que podem fazer, como administradores.

2 comentários:

  1. sergio araujo disse...:

    Aguiar,os dirigentes avaianos precisam de três coisas: prudência no ânimo, silêncio na língua e vergonha na cara.

  1. Anônimo disse...:

    Sergio Araújo, concordo contigo!
    Estou muito indignado com a situação do clube no campeonato, e agora ainda mais com a evolução dessa "crise interna", porém, vou fazer a minha parte: Torcer! E Torcer sempre! Afinal, o AVAÍ FUTEBOL CLUBE é bem maior que tudo isso!

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