Uma morte lenta

Dizem que a pior morte é aquela em que o sujeito vai sangrando, gota a gota, até o fim. Uma morte súbita mata na hora, não dá tempo de lamentos. Mas a hemorragia lenta vai consumindo a tudo e a todos. É assim o Avaí de hoje.

Percebe-se, nitidamente, falta de composição técnica no time do Avaí. O esquema tático é infantil, diria até rizível, digno de pena por quem joga contra a gente. Alguns dos nossos jogadores, em determinadas jogadas do adversário, ficam em roda de bobinho tentando achar a bola, correndo feito tolos atrás dela. Foi assim contra o Flamengo, contra o Galo e neste jogo contra o Santos.

Para um time sem muita qualificação técnica, expor-se a contra-ataques é mortal. Ridículo. Os times mais fracos do mundo, quando não possuem um atacante que defina, ou quando o seu meio campo não forneça bolas a ele, deve manter a posse de bola. Qualquer time de tansos de pátio de escola sabe disso. O Avaí não faz isso. Quer se impor sem como ter o que fazer. E perde a bola, infantilmente, botando toda a defesa no sufoco. Resultado? Três goleadas seguidas.

Para quem entende um pouquinho de futebol, um pouquinho só, sabe que falta um técnico, que não percebe a nossa forma de jogar. Contudo, para nossa satisfação, ele vai tratar da vida. Que vá e que aprenda lá na terra dos camelos como pôr um time em campo.

Só assim para estancar esse estúpido e desnecessário sangramento.