A força dos fracos

sábado, 9 de julho de 2011

A resiliência é a atitude humana de superar tragédias. Somos capazes, após perdas inomináveis, de seguir em frente e partir para o próximo desafio. Esse "sanguebaratismo" não é nenhuma atitude de pouco caso com os acontecimentos e nem de falta de princípios ou descaso ético. É apenas uma estratégia evolutiva para sobrevivermos.

No caso de nosso calvário crônico, o Avaí, vamos nos forjando a cada rodada como resistentes e imbatíveis torcedores, numa relação indireta com o desempenho do time. Faz parte, serve de ponto de equilíbrio. Quanto pior o time, mais forte é a sua torcida, garantindo que o sofrimento fortalece. Temos um dos times mais escangalhados dos últimos tempos vestindo a camiseta de listras azuis e brancas e, mesmo assim, acreditamos que ele vai "chucknorizar" os adversários, igual boi brabo solto no pasto.

Se os torcedores avaianos não possuíssem muita resiliência, talvez, hoje, dia de um jogo decisivo, teríamos abandonado por completo o futebol. Sequer passaríamos em frente à TV, ou ligaríamos um rádio para acompanhar nossos voluntariosos atletas e nos mantermos no fio da navalha do martírio.

O curioso é que os homens que administram o futebol pouco ou nada entendem disso. Se o Avaí enveredar, mesmo, para uma pindaíba histórica, teremos entradas grátis para os próximos jogos na Ressacada. Se houver recuperação, voltarão os ingressos espanhóis, prova inconteste de que quem entende mesmo de futebol a esta hora foi para a praia pescar.

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