Confesso que já estou começando a brigar com as palavras, tentando achar alguma coisa que defina o Avaí. Não encontro. É difícil. A gente não consegue ver tanta coisa sendo feita errada e ainda querer descobrir uma forma de tentar se amenizar isso.
Todos os problemas que nos afligem sabemos a origem. Mas não quero continuar dizendo a mesma coisa. Basta! Não dá mais para apontar os mesmos erros como numa tortura masoquista e por isso vou achar outros.
A propósito, ir para a Ressacada deixou de ser um momento de prazer para se tornar uma aflição e um desgosto a cada partida. E com o agravante de agora sofrermos calados. Nem raiva temos mais. Como disse Bob Dylan, certa vez: “um pouco de raiva não nos faz mal, pois há frutos que apodrecem por excesso de doçura.” E ouvir a Ressacada sendo comparada ao Beira-Rio, por um monte de boçais, e a única manifestação de nossa torcida é chamá-los de viados é de uma imbecilidade atroz. Tudo bem, tô azedo mesmo e a minha metralhadora está aguçada.
Começamos um ano errado e mantendo o erro por burrice. Benazzi ia ser demitido no intervalo do jogo contra o Imbituba, na Ressacada, quando perdemos mais uma vez, mas tivemos que aturá-lo por algumas rodadas a mais, posto que ele havia sido efetivamente contratado na manhã daquele dia.
Contratamos o pastor, que queria muito mais provar que ainda nos amava do que condicionar fisicamente um time para toda a temporada.
Emerson e Roberto nos fazem absurdas faltas, mas os negócios, sempre eles, nos podaram de ter um time mais aguerrido. Mandamos Marquinhos Santos embora justamente porque tínhamos que escolher um bode para chutar. Não era nem melhor e nem pior do que os que estão por aí. E digo sem medo algum das caras feias, ele também faz falta, e muita, nesse time.
A mediocridade do time do Avaí assusta. Chega a ser patético assistir a um time tão amador jogar. Não se vê uma falta dura, daquelas de levantar o adversário, um dedo na cara do juiz, um chutão no ar pelo gol perdido, encarar o adversário malandro mando-o tomar naquele lugar, um safanão para impor respeito. Não, não estou apelando para a violência ou para a agressividade. Longe disso. Estou falando de futebol e o futebol tem disso.
Quero, ao menos, que o time para o qual eu torço saia de campo de cabeça erguida, as veias saltando no pescoço, os olhos vermelhos de raiva, a canela picada pelas divididas e o adversário com hematomas. Quero um time de machos! E não um amontoado de Zé ruelas que toma no meio das pernas e ainda sai aplaudindo a bela jogada do adversário. Quero um time que não tenha medo de vaias. Quero um time que tenha alma, garra disposição. Motivação para enfrentar os desafios. E não um ajuntamento que está ali envergando nosso uniforme apenas para cumprir a tabela e esperando pelo próximo contrato.
O Avaí dos avaianos precisa voltar.
E que se diga, ao final do campeonato, estufando o peito com lágrimas de dignidade, a frase dos guerreiros: “missão cumprida, avaianos!”
Com certeza estas com razão, Pedro Kem não fez uma jogada digna de um camisa dez, Cleversom, Romano se arrastando, jogadores que quando estão com a bola parece que ficam esperando o adversário chegar pra cair, uns correndo pra não chegar, com medo de atacar, a hora de chutar parece que a bola da neles, cruzam a bola pra ninguém, lançamentos a toa, falta de agressividade, assim não vamos a lugar nenhum, além de termos um técnico BURRO, nem vou falar da direção que só quer $$$$, porque a torcida também joga.