Procura-se um líder

sexta-feira, 12 de agosto de 2011


Lá nos tempos da minha faculdade aprendemos que humanos são animais de bando, precisando constantemente de um líder. Por isso que sempre seguimos alguém, nos relacionamos com ídolos, com deuses, com políticos, pois isso faz parte de um comportamento primitivo. E se há uma manifestação humana, onde nossos instintos atávicos mais aparecem, é no esporte. É ali, onde nos ajuntamos em grupos coordenados por alguém mais experiente em um modalidade, que desenvolvemos nossa condição gregária, de associação, de coletividade. Se a civilização caminha em direção ao avanço tecnológico mais apurado, criando máquinas e artefatos que nos afastam da condição biológica plena, nos isolando, no esporte nos associamos com nossa própria natureza e com nossos líderes.

Nas competições esportivas coletivas essa característica se expande ainda mais. Principalmente no futebol.

Ninguém ganha uma competição sozinho e nem planeja uma vitória por conta própria. Há sempre a necessidade de um treinador fora do campo e de um capitão dentro dele. Alguém que ensine o atalho, aplauda nas vitórias ou console nas derrotas.

O Avaí carece de um líder. É fato! Isso não é um brado melodramático de um torcedor de arquibancada. É uma constatação.

Temos assistido a partidas onde os jogadores se amontoam e rodam como perús tontos. Em alguns momentos até esboçam uma organização, mas quando a dificuldade surge, cada um olha para o lado e não encontra aquele que os conduza. Nem fora do campo, tampouco dentro dele. Não há uma referência, alguém que assuma as responsabilidades, aquele que é capaz de ouvir críticas e elogios sem perder a calma. Essa figura não existe no Avaí.

Há até tentativas, alguns assumem alguma responsabilidade, fazem cenas, caras e bocas para levar algum ânimo ao grupo. Porém, no geral, perdem-se na limitação do próprio time. E isso, para um time de futebol de condição mediana, cuja sede é em uma Capital periférica do país, é um fator complicante.

Vamos chegar ao meio do campeonato precisando nos afirmar. A tarefa de sair da situação incômoda da zona de rebaixamento será árdua e penosa. Daqui pra frente a torcida tem que começar o seu calvário de incentivo e paciência. Mas, muito mais importante, nas próximas rodadas até o fim do campeonato, o Avaí necessita de alguém que assuma as responsabilidades. Alguém que queira ser o dono do time e dê a cara para bater. Quem se habilita?

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