Após o urro do Leão sobre um ventinho que soprava lá pelas bandas dos Estreitos, eis que se renovam as esperanças para o time do Sul da Ilha. Nada como uma vitória sobre o rival para mudar os ânimos.
Evidentemente que o torcedor mais atento e que pensa positivo em relação ao seu Avaí já esperava por uma situação assim, o momento que dispensaríamos as críticas e narizes torcidos e iríamos voltar os olhos para uma campanha aguerrida, combativa e histórica pela permanência no campeonato. Virão os incentivos chorosos e a motivação consagradora? Vídeos e convocações emocionadas pipocarão por aí? Pois é assim mesmo. Não resta outra coisa à comunidade avaiana esta atitude, uma vez que o 2º. turno será dificílimo, que ninguém se engane.
O time é limitado e tem carências? Sim, qualquer bebê de colo que saiba dizer papai e mamãe percebe disso. Dessa forma, as opiniões dos metidos a intelectuais, que tem o pescoço maior do que girafa, estão dispensadas. Já sabemos de cor e salteado onde está o problema e vamos guardá-lo, bem guardadinho, para as devidas cobranças. A missão agora é tirar o Avaí dessa.
Aqueles torcedores que andavam sumidos vão aparecer derramando amores inquestionáveis, de que eram sempre eles que torciam. Diretores desconhecidos começarão a dar entrevistas como se sempre estivessem nos vestiários. Jogadores execrados vão virar celebridades. É assim o mundo do futebol, como sempre digo, um poço de bipolaridade. E se é assim, vamos deixar a vergonha de lado, assumir nosso time de vez e não deixá-lo cair. Ao menos passaremos mais um ano sofrendo e nos entusiasmando, como manda o velho e surrado manual do bom torcedor.
Após sermos massacrados rodada a rodada, desde o Delfinzão deste ano, depois de tantas e tantas humilhações no Ricardão-2011, quando já não nos restava esperanças, conseguimos, com a garra e a determinação que só os personagens que vestem azul e branco possuem, virar um jogo para cima de nosso maior rival. Isso nos deu coragem para sabermos que é possível. O Avaí tem jeito! Pode dar um bom caldo. Basta que se queira. E para isso é preciso que se reme, todo mundo, para o mesmo lado. Não há ninguém melhor e nem pior do que a gente neste Ricardão-2011, apenas alguns mais organizadinhos.
Para incentivarmos é o momento de a torcida voltar à Ressacada. Não canso de dizer que time sem torcida não anda, e torcida que não pode ir ao estádio perde a embocadura.
Portanto, o primeiro passo para uma arrancada digna dos melhores tempos azurras é o estádio cheio em todas as rodadas. E para isso precisamos do que? Preços de ingressos mais em conta. Não há como fugir dessa situação. Alguém tem que abrir mão disso e, nesse caso, a bola está com a diretoria. Não há fórmulas mágicas. Ou é isso, ou a segunda divisão nos receberá de braços abertos. Aí, sim, com preços promocionais temporários permanentes.
O segundo ponto é de responsabilidade do torcedor. Que vá ao estádio para torcer e incentivar. O sujeito não gosta de determinado jogador? Conte até 10, até 20 se possível antes de vaiá-lo. Ou incentive, se ele errar. Não há como contratar outros, não dá para ser diferente e são estes jogadores que estão aí que irão resolver a parada. Dessa forma, a vaia, nesse momento, não vai ajudar em nada. Atrapalhará em muito.
É preciso, ainda, dar bons puxões de orelha em pessoas dentro do próprio Avaí que torcem contra. São aqueles Zé manés que, por pura vaidade, vivem de patas dadas com coleguinhas da imprensa. Ou que querem um determinado jogador na equipe e quando não está, torcem para que o time perca, numa forma de fazer valer sua opinião e expor a sua vaidade. Se possível, faxina das boas e que se mantenham apenas os que querem ajudar.
E, por último, mais uma vez, sérias restrições à imprensa que veste preto-e-branco por baixo da camisa e tripudia sobre nossas mazelas. Não devem ser bem-vindos à Ressacada.
Só sairemos dessa se todos remarem a favor. E quem não quiser ajudar, que não atrapalhe. No fim do ano a gente faz as contas.
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