O texto intitulado como NOTA DOS ATLETAS tido como elaborado pelos atletas avaianos é digno de pena. Ele revela um grupo abatido e arrasado. Um grupo à deriva em alto mar, que busca em várias cordas um ponto para se safar de um naufrágio. E revela, também, a fase por que passa o Avaí. É um singelo exemplo de caminho sem rumo.
Desde o começo do ano viemos chamando a atenção para o o resultado que se descortinava. Lá, em janeiro, quando os sintomas mostravam um desarranjo se avizinhando, dávamos o diagnóstico. Tudo o que está ocorrendo agora não nos é novidade. A fórmula
não poderia ser mais real.
Vivemos, os avaianos que querem sempre o bem o Avaí (e não tripudiando sobre as nossas mazelas para parecer bacana ou realista, ou ganhar uma audienciazinha a mais no blog) com os sentimentos abalados. Estamos em frangalhos. Nossas angustias se afloram a cada derrota, a cada resultado negativo.
Se a cada partida nos mobilizamos para torcer plenamente e com toda a força para que o Avaí, defintivamente, saia dessa fase, também não estamos escondendo os problemas que há. Eles existem, são plenamente identificáveis, são reais e imperativos. Contudo, a parte que cabe ao torcedor é torcer. Óbvia redundância. Não nos cabe, portanto, como torcedor, pisotear ou esgarçar ainda mais a ferida. Pra quê? Para provar que não tapamos o sol com a peneira? Bobagem!
Nossa postura é um comportamento assertivo, de vislumbrar que sempre se pode lutar quando há uma chance, de não jogar a toalha e de apontar um pouquinho de esperança se há um sopro de vida.
Por isso, diferente do que pensam os negativistas e os seguidores a mídia, não achamos que o tal sujeito da imprensa tenha ganhando a parada. Ele não saiu vitorioso. Não, nada disso. Aliás, perdemos todos. Os jogadores, os diretores, e também os torcedores. Perdeu também a própria rede, que definitivamente se afasta ainda mais da sociedade onde ela quer manter a sua influência. Se houvesse por parte dela, não necessariamente um pedido de desculpas, mas um entendimento de que a fase é ruim e que admtiria um pouco de complascência, sairia por cima e imporia a sua ordem, sem ressalvas.
Ficou, no entanto, um amargor e um gosto de ranço no ar. E aquele dedo do meio levantado.
Afinaram, cagões!
Eron