Atropelamos o que era normal

domingo, 23 de outubro de 2011

A minha amiga Fabiola Soares Scheidt proferiu essa frase: "O que foi aquela bike atropelando tudo na area do botafogoooo????DEUSOLIVRE COISA MAIS LINDAAAAA". E é exatamente essa a sensação. Atropelamos e patrolamos de modo absurdo. Inesperado. O Avaí é exatamente isso. É do jeito que for e da maneira mais alucinada e inusitada que se imagina. Ou nem se imagina.

Não tivemos um time perfeito? Claro que não. Quem quiser time perfeito que vá torcer para o time da mídia. Eu quero é o time do Avaí, que me faz buscar lá do fundinho a esperança de que sempre nos proporcionará uma reviravolta, quando as coisas estão ruins. Eu digo para um monte de gente que o Avaí vai se superar e vai sair dessa e eles falam que eu sou otimista demais. Não, não sou, eu sou avaiano. Por isso eu penso assim. Não se sabe explicar, mas o Avaí é diferente.

Cada vez que o Avaí joga uma partida é um deus nos acuda. Sofremos. Nosso emocional é testado a todo instante. A famosa frase sai bruxa é a que mais ouço, quando os adversários nos atacam. E aí vem alguma coisa fora do normal, fora da ordem. Algo que ninguém planeja e que os adversários sequer imaginam que um time de futebol na zona do rebaixamento possa fazer. E faz!

Demonstrando as limitações que se superam com garra, com disposição, com dedicação, o Avaí inova e surpreende. Sabemos, e ninguém precisa nos ensinar, que o futebol é um conjunto de transpiração, sobrenatural, algum planejamento e muita da maldita emoção. Mas o Avaí precisa fazer tão diferente? E com tanta força do absurdo?


A jogada do Cléverson foi dessas coisas que as leis da Física não explicam. A Matemática tira zero. E a razão se esvai como areia molhada. A única explicação para isso é que é coisa do Avaí. É só isso que a gente sabe (a foto eu tomei emprestada do blog do Felipe Matos).

4 comentários:

  1. Keller disse...:

    Alexandre,
    Os fatos que rondearam a Ressacada esse ano que nos levaram a atual situação, e que todos nós estamos carecas de comentar, nos deixaram tristes e desapontados. Mas outra situação me deixava receoso. Apesar da relação entre importância do jogo/preço dos ingressos/força do time não estar contribuindo, nossa torcida se demonstrava apática e com boa dose de soberba. A Nação Avaiana iniciou o ano no mesmo ritmo do clube.
    Nos últimos três jogos na Ressacada a Torcida Azurra voltou a mostrar que é diferenciada. É impressionante como uma vitória sofrida de um time que está o campeonato todo na zona de rebaixamento e, nessa reta final, respirando por aparelhos, pode fazer uma torcida vibrar tanto quanto se fosse uma final. Tenho mais de 20 anos de Ressacada e continuo me arrepiando e me emocionando igual.
    Apesar da situação altamente delicada do nosso Avaí no campeonato, ficando ou caindo, pelo menos terei certeza que a Torcida Avaiana estará sempre junto.
    Um abraço,
    Keller.

  1. Boa, Keller, é exatamente esse o espírito. Somos ou não somos a maior torcida de SC?

  1. George disse...:

    belo post e belo comentário do Keller. Realmente, é de arrepiar. O Avaí é assim. Muito me orgulha. Ontem, foram guerreiros sim. Nossa torcida sabe reconhecer o esforço, pois a raça faz parte do hino, cantado, aliás, no jogo de ontem. Na íntegra!

  1. É verdade, George, a fase de fazer balanço não é agora. Vamos fazer, no tempo devido. O que importa é pegar o Avaí pela mão e tirá-lo desse buraco onde ele mesmo se meteu.

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