Muita calma nessa hora

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu, assim como a maioria dos torcedores avaianos, estou indignado. E é uma indignação que se acumula durante 1 ano e meio. Vivemos lamentando as bobagens efetuadas pela direção, a inércia dos dirigentes do futebol, a inclusão de jogadores medianos pela parceira (?), a falta de comprometimento das diversas comissões técnicas e o desempenho dos jogadores limitados, os quais nos acostumamos a chamar de guerreiros.

Chegamos a um ponto de tomada de decisões. O que queremos? Continuarmos na série A e resolvermos as nossas mazelas com o bom dinheiro que, parece, virá no ano que vem, ou sermos rebaixados e começarmos do começo, com nova estrutura e motivações diferentes? E sem dinheiro?

Creio que as decisões tomadas pela emoção e pela bipolaridade não resolvem. Elas podem ser bacaninhas, acumular seguidores em blogs e redes sociais, e bonitinhas pela calor do momento. Pela campanha pífia e ridícula do Avaí, qualquer cara feia, qualquer discurso inflamado e qualquer inciativa de mudança dramática serão sempre bem-vindas.

Mas deve ser por aí o caminho? É importante quebrar paradigmas para nos mobilizarmos numa nova empreitada. E a que custo?

É fato que a administração do presidente Zunino, nos últimos anos, pôs o Avaí num patamar diferente em relação aos clubes de futebol no país, do ponto de vista da administração. Todavia, enquanto isso, o futebol foi relegado a um plano secundário. O grande problema é que o futebol como um todo não permite atrasos e resultados. O futebol é imediato. E é isso, ao longo dos anos desta administração, que nos incomoda. Da mesma forma que iamos construindo um patrimônio invejável, nossos times em campo eram arremedos de futebol. Uma ou outra temporada para ser lembrada. Apenas isso. Todavia, no geral, foram mais vexames que conquistas. Seria, então, a hora para mudar?

Devemos priorizar os campeonatos em detrimento a uma estrutura administrativa? Lembro que as viuvas das admnistrações passadas vivem dizendo que no seu tempo era melhor. Racionalmente, não me recordo disso. E olha que estou com 50 anos.

Eu ainda confio na adminsitração do presidente Zunino. Creio que a sua capacidade aglutinadora e sua percepção adminsitrativa são o que há de melhor no futebo local. Mas, até a minha paciênca está com os dias contados.

Está na hora de o Avaí andar com as próprias pernas. Para o bem e para o mal, somos o clube de maior torcida em SC. E isso deve ser levado em consideração, para qualquer mudança que se deseja incentivar.

5 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Ah, para Carlinhos. O omi, rasgou, por baixo, r$ 30 milhões com a grana da serie A ano que vem. Conseguiu fazer pior do que em 2010, e olha, com o maior orçamento anual da história do clube. Deu!

    Precisa um pouco do indignação sim, pra sair do marasmo.

    Abraço do Mao.

  1. LUGO disse...:

    Rapazi,
    A leitura que faço é que Zunino aceitou uma reeleição em nome de um grupo. Por vaidade, apego ou companheirismo, encabeçou a diretoria atual, com a ressalva de que não poderia mais dedicar-se como vinha fazendo.
    Largou o dia-dia do clube nas mãos de pessoas de sua confiança, sobretudo nas questões financeiras, prova disso é que, no ano passado esboçou um reaparecimento naquele momento difícil do término do brasileiro e este ano nem sabia da venda de alguns jogadores.
    Zunino, esse sim, está somente cumprindo tabela.
    O crescimento do Avai tem a receita das ciências econômicas, no entanto o sucesso no campo esportivo não segue as regras da contabilidade, ou da administração, ou do marketing.
    O futebol vive de resultados e pessoas não são peças de reposição.
    Zunino negligenciou duas coisas que são fundamentais: 1 - Liderança é indelegável e 2 - conhecimento técnico não cria expertes.
    Zunino delegou sua liderança e acreditou que o contador poderia ser o tesoureiro.
    Poderia sair pela porta da frente, mas, infelizmente, preferiu se esconder no armário e agora precisa esperar o pessoal da mudança para ser carregado pra fora.
    Ainda há tempo, ainda dá, mas não nesse ritmo de cortejo funebre.

    Abç.

  1. Gilberto disse...:

    Caro Alexandre,
    Estou começando a pensar que ficar na série não é desejo da diretoria do Avaí e de seus "parceiros". Ou então qualquer coisa neste sentido. Pois não é possível ver coerência e vontade de vencer no trabalho da diretoria e dos treinadores que passaram este ano pelo Avaí.
    A impressão que tenho é que quem joga bem é sacado do time! Mas quem escala? Treinador? Empresários? Diretoria?
    Diogo Orlando sempre foi criticado por todos e quando passou a melhorar razoavelmente seu futebol foi sacado.
    Cleverson, apesar das dormidas, é um dos jogadores mais voluntariosos. Qual seu prêmio? Sequer viajou para Bahia. E raramente é titular.
    E o Estrada? Este já mostrou qualidade superior a muitos titulares, mas nunca foi devidamente aproveitado na Ressacada. O que há contra o colombiano? Será a falta de empresário? Se fosse empresariado por LA ele jogaria?
    Enquanto isso temos que aturar Robinho, que entregou o empate no jogo contra o Grêmio, no Olímpico, e com exceção de uma ou duas partidas é sempre um jogador a menos em campo.
    Temos que aturar Dirceu, às vezes Welton Felipe, e o retorno de Daniel, quando neste caso o esquema tático favoreceria o Arlan.
    Não vou me alongar. Só sei que a saída de Toninho Cecílio com a continuidade de Edson Neguinho em nada mudará o Avaí. E vou além, caso Zunino não esteja no comando das ações está na hora de tomar as rédeas e assumir a responsabilidade pela salvação ou rebaixamento. Pois se hoje temos o pior ou o segundo pior time do campeonato é por incompetência de quem contratou e de quem escala. Pois mesmo no elenco do Avaí é possível fazer um time melhor do que este que vem jogando.
    E vou além, com a permanência de Robinho, Dirceu, Batista, Daniel e W. Felipe a diretoria pode colocar o ingresso s R$ 2,00 que não terá torcida. Afinal, torcedor que torcer e não sofrer. E os jogos do Avaí, com raras exceções, estão sofríveis!
    Abraços e desculpa pelo desabafo!

  1. Marquinhos e Lugo, penso exatamente como vocês. Talvez tenha palavras diferente. É que eu detesto tomar decisões pela emoção, entendem. É só essa a minha ressalva.

  1. Gilberto, eu sempre disse aqui que as ações da diretoria seguiam no sentido do rebaixamento, mesmo que isso não tenha sido consciente. Aí está.
    Teu texto vai virar uma postagem.

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