Dossiê Avaí - as presumíveis razões de nossa queda (3)

sábado, 19 de novembro de 2011

O terceiro ponto a ser abordado, dessa explanação sobre os motivos que nos rebaixaram, eu vou creditar à parceria e sobre a estrutura administrativa. É um tema longo e complexo e merece paciência. É muito provável que eu não consiga abordar tudo aqui, mas quero ao menos levantar a questão. Nos próximos pontos que publicarei à frente vão aparecer uma menção ou outra sobre o assunto.

Para começo de conversa, uma boa Parceria deve estar ao lado do clube e não ser um repositório de material descartável. O parceiro de futebol, aquele que tem algum dinheiro e um menu de jogadores não é bom e nem ruim para um clube. Deve, isso sim, fazer parte da campanha do clube na temporada. Ele deve, dessa forma, ser FISCALIZADO (isso deve ser grifado muitas vezes), para que o clube onde supostamente criará raizes não se torne seu quintal. É nessa hora que os intrumentos deliberativos do clube devem agir, mostrar-se atuantes e não apenas ficarem reféns de padrinhos preguiçosos. Agindo-se assim, grande parte dos problemas nesse tipo de atividade em qualquer clube serão sanadas na origem. Pergunto: foi feito isso no Avaí? Respostas para a redação.


Uma parceria num clube de futebol só é viável se houver uma contrapartida. Não pode, também, ser tercerização e nem entrega do patrimônio. É uma via de mão dupla honesta e íntegra. Não vou pôr em dúvida a honestidade das pessoas, isso não está em discussão. Mas o enredo declamado entre parceria e o clube Avaí, nestes dois períodos os quais houve atritos, daria um bom bolero regado a conhaque de baixa qualidade e charutos de macumba. No futebol que se diz profissional isso não pode acontecer. Ingerências, desmandos, interferêncas nos negócios de um e de outro transformaram nosso caminho num calvário sem fim. Servia-se a vários senhores.


Dirão, uns poucos, que o clube precisa se fincanciar. Lógico. Claro que ninguém é inocente. No futebol, um poço de negócios, todos precisam de dinheiro, mas nos parece que isso tomou proporções insanas e desconexas com a realidade do bom futebol. Não poderia dar certo, como não deu. Os arranjos e choques entre o senhor Gabriel Zunino, que queria criar uma carta de jogadores da base, e o senhor Luis Alberto, cujo interesse parecia ser o mesmo, resultaram em erros estratégicos, onde o que mais apareceu foram contratações duvidosas e negociações esquisitas em pleno andamento dos campeonatos, segundo o que a própria mídia nos encharcou de informações. Em segundo plano, (sempre ficou) foram os interesses do clube como um todo, a sua campanha e a manutenção no campeonato. O Avaí se transformou num balcão de negócios às barbas do presidente.

A respeito da estrutura administrativa, para isso dar certo no futebol é preciso que os cargos estejam a serviço da funcionalidade do clube. Não pode ser um poço de desocupados. Não há espaço para a exacerbação das vaidades. O ponto mais importante deve ser, evidentemente, o bem comum da instituição.

Por isso, organogramas são muito bons e interessantes em empresas com alto padrão de rendimento. Todos os que estão ali descritos têm uma função definida e não etérea. Esse é o mundo ideal. Todavia, não foi o mundo do Avaí pelo que se viu, uma vez que cargos e nomes se misturaram e se avolumaram, num samba de alemão tomando cuba-libre. Honestamente, nunca conseguimos entender tantos superintendentes, coordenadores e gerentes, para as mesmas comissões ou funções. Provavelmente suas salas eram duplex, conjugados. Faltou a tecla SAP para explicar isso. Não sei, sinceramente, quem elaborou tal estrutura. Porém, todavia, contudo, se quem projetou tal situação fez algum curso de administração, gostaria imensamente de conhecer esta faculdade.

A propósito, agregado a isso, a essa inflação de cargos e funções, a tal tecla SAP para explicar toda essa barafunda poderia ser o Departamento de Comunicação do Avaí. Temos quantos acessores de imprensa na Ressacada? Quem são e o que fazem? Talvez isso explique como que a mídia local sabe de tantas decisões estratégicas, tenha tantos contatos subterrâneos e misteriosos, pois sobram informações. Há muitas raposas felpudas, esquilos peludos e toupeiras peladas tratando disso, internamente, e o que é bom, o que seria a comunicação interna do Avaí para com seus torcedores, associados, simpatizantes e, principalmente, investidores, do que é a estrutura administrativa do Avaí, é feito pela mídia alternativa, os blogs, que são caçados pela razão de não seguirem uma cartilha pré-determinada.

A estrutura administrativa e uma relação confusa com a parceria, presumivelmente, foram mais umas das mazelas que nos levaram ao rebaixamento. Há muito o que dizer sobre isso, mas prefiro ir abordando os itens conexos ao longo destas explanações.

7 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    falando no popular o presidente arrendou o avaí para a la.
    tasso

  1. Anônimo disse...:

    Falando no popular o Zunino, foi dar a seu filho mais uma chance para ele tocar sua carreira administrativa,desta vez no futebol, mas como esse bota tudo a perder, colocou o pai em maus lençóis outra vez, e veja o que eles nos remeteu, série B.



    Cocoroca Avaiana.

  1. Falando no popular, quero minha mãe.

  1. Rodrigo V. R. disse...:

    Sem querer me meter nos seus posts, mas já me metendo, deverias fazer um post da sua série "Dossiê Avaí" exclusivo para Gabriel Zunino. Me parece que desagradou muita gente lá dentro, desde jogadores, parceira, diretores e empresários, embora de forma oficial não trabalhe no clube. Abraço

  1. Gilberto disse...:

    É Alexandre ... como vens demonstrando e é claro para uma boa parte da torcida não é apenas uma a razão do rebaixamento. Mas, muitas. E fica evidente que a primeira e principal responsabilidade é do presidente. Até por que não poderia ser diferente. Se a responsabilidade não é por ação, foi por omissão. Por exemplo, o caso do atual treinador auxiliar do Avaí. Ele já deveria ter ido embora no ano passado, quando da não viagem para a sul-americana. Mas naquele momento o presidente pecou por omissão. Ou então, ainda, quem sabe para atender contratos e interesses desconhecidos. Quanto à parceria, objeto do teu post, eu sempre lembrava, com infelicidade, que enquanto o time do lado de lá, tinha empresário que emprestava jogadores da Tombense para eles, nós éramos/somos a Tombense do LA. Basta constatar os jogadores do LA em seu site e os demais que estão em outros clubes ... Mas a vida segue ... E o Avaí ainda precisa "cortar muito da própria carne"!

  1. Rodrigo, já dei o espaço devido, mas lembro que ainda falta coisa para ser publicada.

    Comentário perfeito, Gilberto.
    Abraços

  1. Yan disse...:

    Dale Aguiar! E o medo de falar a verdade?rsrsrsrs
    Meu caro foste perfeito dando nome aos bois desta tripulação de balieira amadora que se instalou na Ressacada, como tu falou tem que FISCALIZAR, e cabe a isso aos conselheiros, são torcedores, são 300 e somente 10% de interressados, eles deveriam estar suando a camisa para que tudo estivesse trasparente, se fosse em algum outro grande clube da serie A, tinha cabeça lá no Maciambí..Neguinho é uma necrose da Ressacada, culpado e ALCOVITEIRO, um fantoche sem opnião que funciona sob comando...Sigo minha leitura dos dossiês....abração T.E

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