Ao cair da noite

Isaac Asimov é um dos meus autores de ficção científica preferido.

Quer um exemplo de um livro dele? Eu, Robô. Foi sucesso na literatura mundial e depois virou um filme com sucesso de bilheteria. Não vou descrever o enredo, pois quem assistiu gostou e quem ainda não viu, ou leu, está mais do que na hora. É posta em discussão a condição humana e as nossas responsabilidades, algo extremamente atual.

Um outro livro dele? Ao Cair da Noite. Este é mais introspectivo e filosófico. Descreve a situação de uma civilização num planeta distante banhado por dois sóis. Nunca havia noite, apenas dia. E todos viviam felizes com a claridade supostamente eterna.

Ocorre que, por uma conjunção astronômica, os sóis se poriam por um dia, mas a população que nunca soube o que era escuridão, teria que enfrentá-la. Angustia, sofrimento, morte. Tristeza. Todas as amarguras começaram a fazer parte daquele povo outrora feliz.

É assim que eu vejo o futuro do Avaí e nossa torcida. Antes vivemos duas temporadas de iluminação total, de alegria imensa, com alguns momentos de eclipse, mas nada que nos tirasse o sono. De repente, nos vemos na iminência de uma noite escura e tenebrosa.

Acho que é hora de afastarmos a noite que se avizinha.