Há algumas idéias sendo difundidas por aí declarando que nós, torcedores, nós que acompanhamos futebol, nós que somos uma nação de fanáticos a se estressar por um monte de marmanjos correndo atrás de uma bola, não podemos reclamar das decisões de arbitragens em jogos de futebol. O argumento, falso e sem consistência, é de que isso é normal e que errar é humano. E, pior ainda, quando se reclama é chororô, ou reclamação de quem não aceita resultados negativos.
Bom, eu estou convicto de que todas as vezes que alguém me prejudicar eu vou reclamar, sim. Seja na compra em supermercado, em carne no açougue, no banco, na conta de luz, água ou telefone, em todos os momentos em que me sentir prejudicado, lesado ou ludibriado eu vou berrar e espernear, sim. Vou esbravejar até não poder mais. Embora eu discuta essa questão de um torcedor ser cliente ou consumidor, eu participo, mesmo indiretamente, dos projetos do meu clube. Eu acompanho as coisas que ali ocorrem e, se meu clube ou meu time for prejudicado, eu também sou. A montagem desses projetos não pode ser eliminada por um erro, uma falha, um ah, eu não vi. E vou reclamar se houver prejuizos. Ninguém vai me tirar este direito.
Se o prejuízo for obsessivo e consistente, então é hora de se reavaliar o processo, treinar essa gente, afastá-la do quadro, ou então, trazer gente de outro lugar para fazer o que não sabem, pois só mulher de malandro é que gosta de apanhar. Aliás, com a Lei Maria da Penha, nem isso.
Portanto, acompanhando a trajetória do Avaí no campeonato catarinense, eu vejo que, na nossa história, temos sido prejudicados constantemente, sim senhor. E não é uma coincidência, não é um esperneio só porque eu vejo o meu time e não os outros. Se formos fazer uma estatística a quantidade de erros absurdos e grosseiros da arbitragem contra o Avaí é enorme.
Sou pai de família, adulto, vacinado, pago minhas contas em dia, tenho um emprego sustentável, sou perfeitamente lúcido e pra louco (eu acho!) ainda não sirvo. Atesto, firmemente, que temos sido prejudicados e, em alguns instantes, com (más) intenções deslavadas e acintosas.
O discurso aí é de que “não podemos nos iludir com Teoria da Conspiração”. Ora, que Teoria da Conspiração, caras-pálidas? A coisa está estampada, visível, com lances de surrealidade em diversas vezes. Será que os torcedores, diretoria e jogadores avaianos são todos imbecis e vivem num mundo de fantasia?
O que eu espero é que, no domingo, o apitador da partida entre Joinville e Avaí, o Sr. Bezerra faça apenas isso: apite e cumpra as regras do jogo. Que não dê trela para que os avaianos, mais uma vez, reclamem por terem sido prejudicados. Que isso fique bem claro! Se não tivermos que ser campeões, que seja no campo, na bola, e não em decisões de gabinetes à beira da praia entre uma baforada e outra de charuto.

Quem apita, amigo não é.
Postado por
Alexandre Carlos Aguiar
às
20:36
sexta-feira, 23 de abril de 2010
1 comentários:
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Um histórinha rápida de 1999. Um dia após aquela garfada histórica de 1999 na final do catarinense esse senhor que apita a primeira partida da final de 2010 vê meu pai passando na rua, meu pai avaiano e conhecido desse arbitro, pois moramos sempre no Estreito assim como arbitro que morou por aqui muito tempo, bom ao ver meu pai ele grita em alto e bom som Figueira e se esconde atrás de um poste. Tirando um sarro do meu pai por aquele jogo. Isso mostra seu profissionalismo, ou a falta dele. Se preparem para fortes emoções.
Abraços